VERSÃO PARA TRADUÇÃO: SOMBRAS DE GAZA
Versão para tradução:
Portuguese version of the poem: SOMBRAS DE GAZA, at the request, mainly, of the communities of culture Arab, African and other languages.
Sombras de Gaza
As sombras da noite em Gaza
não são comuns, que se vão ao amanhecer
são sombras das sombras, que surgem nas sombras
de noite ou de dia, dentro ou fora, da alma vazia
sombras dos que se foram ou dos que virão
que vagam atormentadas pela escuridão
mas que ainda carregam seu corpo pela mão
Sombras que tem nome ou que tiveram sobrenome
sombras da esperança de qualquer criança
sombras de futuros que se foram
que nunca virão, e ainda estejam, que não serão
sombras que marcam o chão, refletidas em um clarão
sombras que o sol pinta de vermelho
que deixam tristeza e solidão
Sombras que brincavam no chão ao entardecer do verão
sombras que imploram perdão
que sabem ser em vão, que tem seus joelhos no chão
e o sangue em suas mãos
sombras de nossas vidas, de nossas costas, de nossas mãos
sombras que voam pela escuridão
rasgando o céu em estrondoso turbilhão
Sombras que vemos, ouvimos e lutam em vão
que correm apavoradas ao menor clarão
são de todos os tamanhos, de todos os rostos
tem para todos os gostos, ideologias e visões
são sombras malvada, abençoadas, esperadas
são sombras pranteadas que em vigília
jamais saíram de nosso coração.