Versos em clausura
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 11 October 2017
Assim se desnuda cada latido dócil
Enfeitando nossos sentimentos esborratados
Num mavioso ronronar pulsando assim recatado
Sob aquele pungente abraço melodioso…agora colmatado
No murmúrio dos ventos recostei-me entre as brisas
Passageiras desbaratando toda a saudade inquebrantável
Latente, bem aquilatada e matreira até que o toque
Da tua sombra assoalhe o lajedo de tantas memórias forasteiras
No vazio dos dias preenchi as horas varejando pela cumeeira
Das mesmas palavras corriqueiras conjugando a semântica dos meus
Versos unânimes, enclausurados numa paixão deveras tão derradeira
Estanquei no baldio dos meus silêncios o acto de solidão que transbordou
Em cada migalha de luz tateando o momento resoluto onde nos entregamos
Condolentes, intoxicados…quase absolutos,mais contundentes...pacificados
FC
Género: