Vestígios do silêncio
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 22 April 2020
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Emaranhada nas teias do silêncio a solidão
Deixa escoar um gomo de luz tão afável
Mascara a manhã com um volúvel eco imutável
Paira no tempo um silêncio carente e versátil
Pesa quase uma tonelada esta solidão além asilada
Emoldura cada lágrima caprichosamente dissimulada
Derramada sobre um espesso silêncio a solidão
Jaz esmagada, inútil e definitivamente embriagada
Pudesse eu preencher todas a lacunas da tristeza fustigada
FC
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