Vida

Vida,

Ponto de partida dos pensamentos mais vãos,

Ergue-te perante mim e Defende-te!

Eis-me aqui tua escrava ostracizada,

Outrora fiel,

Outrora adorada,

Que agora te virou costas,

Que agora cospe em cima das tuas lamúrias.

Ai, essas injúrias,

Façam-na parar!

De ti não aguento nem mais um suspiro,

Pois o ar que respiro teima em não se prolongar.

Desprezo-te a cada dia que passa,

E já é tão grande a minha desgraça que nem sei mais se um dia me vou encontrar.

Sinto que me olhas para onde quer que vá

Que cruzas os com os meus, os teus caminhos,

Tortuosos, Sozinhos,

Como uma Bruxa, cruel e má.

Sai-te coisa insultuosa,

Deixa esta criatura,

E cava a tua sepultura,

Que bem estás a precisar.

E eu,

Cá continuarei por mais uns anos,

A dar asas aos meus planos até tudo acabar,

NAO VOLTAREI...

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