Você É A Minha Demência

Você É a Minha Demência
 
Você é um ser alado
Com quem eu quero estar sempre
Senti-la cada centímetro
Um ser escravizado
Ficarei contente
Em ser um perfume entrando em seu perímetro
Oblíquo e dourado
Assim ficarei permanentemente
Feliz em seu recôndito.
 
Você é um ser apaixonante
Com quem eu quero me relacionar
Senti-la a todo momento
Um ser delirante
Um estilo a aproveitar
De um jeito bem lento
Que coincidentemente
É a mulher que eu volto provar
Com o meu estilo ciumento.
 
Você é um ser colorado
Com quem eu sou carinhoso
Sinto toda sua personalidade
Um ser vislumbrado
Com um olhar manhoso
Ímpeto e rara informalidade
Ser que nunca será derrubado
Do altar formoso
Diante da iluminação de sua insaciabilidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você é minha casa
Alguém com quem eu quero morar
Sentir-me abençoado
Uma ingênua criminosa
Que irei algemar
Para sempre ficar ao meu lado
Deixando minha vida perigosa
E que vai encarcerar
O meu fiel emanado.
 
Você é a minha demência
Não quero voltar à vida sadia
Quero senti-la perfeita
Senti-la com urgência
Um frio na barriga, uma azia
Uma relação estreita
Deixando toda insurgência
Iluminar nossa via
Provermo-nos da mais sublime colheita.
 
Você é minha bondade
Alguém para quem eu sou devedor
Senti-la me consumir
Com tal perversidade
Dominando a minha dor
Um estado a resistir
Com toda minha curiosidade
E com meu submisso amor
Sua clemência terá de vir!
 
 
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