JÁ TÊM BOLOR

JÁ TÊM BOLOR…

 

Tinta azul, papel branquinho,

Coração apertadinho,

Com as mãos sempre a suar,

O rapaz apaixonado,

Escrevia ao ser amado,

Na ansia de a conquistar.

 

Escreve palavras d’ amor,

Confessa com seu fervor,

Que é ela a sua eleita.

E pede um curto prazo,

Pra saber, se por acaso,

Ela o namoro aceita.

 

Quanta dúvida na espera,

Quem espera desespera,

Tanto aperto e ilusão.

Por isso, a carta valia

E se tivesse magia,

Bem valia a confissão.

 

Algo havia de romântico,

Cada carta era um cântico.

Um cântico de amor.

 

Já, nada disto acontece,

Namora-se por SMS,

E as cartas já têm bolor.

 

LAF05MAR2018

 

 

 

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Comentários

Gostei. Já ninguém deve escrever cartas, mas os que sabem escrever cartas, devem faz`ê-lo.