Rebobina-me o silêncio
Autor: Frederico De Castro on Friday, 25 June 2021
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Anorético o silêncio desmembra-se e emagrece ultrajado
Ressequida a escuridão ensaboa aquele breu felino e fracionado
A boca faminta de desejos esculpe um afago neste luar acalorado
Rebobina-me este silêncio mal humorado, quase deplorado
Escora-me as vigas onde suporto cada lamento ali acocorado
Apascenta-me as palavras e os vazios clamando impotentes e exasperados
No regaço do tempo permutam- se horas reinventadas, tão desgarradas
Cada luminescência contorcionista, além flutua abençoada feliz e revigorada
Sem destino vadiam todas as marés escamoteadas, oclusas…quase dilaceradas
FC
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Comentários
António Tê Santos
6ª, 25/06/2021 - 16:33
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Belo poema, Frederico De
Belo poema, Frederico De Castro!
Frederico De Castro
Sáb, 26/06/2021 - 12:01
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Grato poeta pela visita e
Grato poeta pela visita e comentário
Bem haja