O Rei Melancólico
Bate à porta do castelo de marfim
Uiva sobre a janela a sombra do vento
Esvoaçam as cortinas do firmamento
Tocam o sino e regam os jasmins.
São sobre as escadas que se põe a ouvir
Passos sorrateiros, leves e sutis
A mão que passa sobre as paredes anis
Fecha a janela onde a lua sorri.
De quem são as lágrimas que caem na escuridão?
Os soluços que chicoteiam as taças reais?
Estremecem o sangue e as dunas dos areais
Molham as fronhas e vazam do coração...
As feridas que pulsam e latejam
Vermelhos espinhos que torturam
A pele que habita e murmura
Pelas estrelas onde quer que estejam.
E só pelo castelo passeias
Onde veste de suas mágoas e memórias
Recordam de suas árduas histórias
E por salvação anseias
Ainda espera por quem lhe dê a mão assim
Por quem invada as defesas do castelo
Por quem derrote seus demônios e o elo
Com esta Melancolia sem fim...
Comentários
Lourdes Ramos
4ª, 29/05/2013 - 21:07
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O Rei Melancólico
Belo poema em estilo épico. Parabéns!
Gosto muito desse tipo de texto e também escrevi algo neste gênero.
Ícaro Marques E...
5ª, 30/05/2013 - 17:51
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Obrigado por gostar!
Obrigado por gostar!
ronilda davidlo...
2ª, 17/06/2013 - 18:50
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Juntamente com a tristeza do
Juntamente com a tristeza do Rei também senti-me meio triste pelaslágrimas, pelo anseio,pela luta.
Belo...Muito belo Poeta.
Congratulações.
Boa semana