quadras cantadas

Meu nome é bem singelo
Foi-me dado ao nascer
Não que eu o ache belo!?
Mas o conservo até morrer.

Não costumo dar ouvidos
Dizem que poeta é louco
Versos já trago esquecidos
E de poeta tenho eu pouco!

Do que escrevo nada é novo
Mas da minha propriedade...
- Nasci no meio do Povo!
Dele me vem esta saudade.

Falo de mim e do destino
Da alegria e insatisfação
Meu caminho de perigrino
Feito saudade e solidão.

Expresso-me acanhadamente
Nada escrevo, sou coragem
Dirão todos provávelmente
Poeta de pouca linhagem...

Junto letras, faço traços
Desenho com os meus dedos
Versos são meus cansaços
E meus passos já são ledos.

Trago nas veias a dor
E meu coração já faminto
À terra eu tenho amor...
Já saudades dela sinto!

Lá no alto lá em cima
Lá no sítio onde nasci
Fui trovadora com rima
E foi com rima que cresci.

Sentinela fico à espreita
Nalguma esquina da rua
Lá ao longe o sol se deita
Já me acaricia a Lua...

Cantarei a saudade forte
E a esperança sonho em flor
Cantarei à vida e à morte
Cantarei p'ra esquecer a dor.

NATALIA NUNO
rosafogo

velhas trovas...

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Comentários

Por andar viajando só agora te agradeço Nereide, obrigada então pelo apreço.

beijinho boa semana.

Algum dia tenho esperança de ver algumas trovas cantadas...
Grata amiga Valéria, beijinho grande, boa semana.