Saudades de Mim

 

Em qual destes escuros e fechados cômodos

Esqueci a vontade de mim mesmo?

Onde estão as minhas mãos pueris e errantes

Quando preciso voltar a ser um mero principiante?

 

Distantes dos olhos adultos,

Bem e mal andavam juntos como iguais;

Aqui, fizéramo-los questão de separá-los

Assim como se separam dois irmãos

Dando-os para famílias diferentes.

 

Qual dos medos foi tão colossal

Que acabou se tornando maior do que a vida?

Eu sou o espelho; e quem vive, vive fora.

Sinto saudades;

Saudades de mim.

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Comentários

Um dos meus favoritos, compartilho do sentimento de saudades do proprio poema e de tudo que foi levado desde os tempos dos primeiros versos da fenix

Muito obrigado Amanda. Fico feliz que tenha gostado.

Esses versos são tangiveis e reconhecidos pela alma.

Muito obrigado, Amanda.

Lindíssimo este poema. Gostei muito, reflete o conjugar da vida onde tudo se manifesta na saudade. Parabéns por este poema. Beijinhos

Muito obrigado, Elsa. Esta é uma saudade singular daquele momento em que você só consegue se encontrar em solidão.

Forte, intenso e verdadeiro!

Parabéns!