Lágrimas
LÁGRIMAS
No céu azul dos teus olhos, correm nuvens de tempestade
Nascidas no coração em dor, sopradas pelo vento do momento
Lágrimas, solidamente agrilhoadas aos ferros corroídos da saudade
Tardam a apagar o fogo, que ateia a desilusão e incendeia o sentimento.
Lágrimas que correm sem cadência, no leito do rio da demência
Num percurso de escolhos, para além do nada, onde mora a eternidade
Desaguam intempestivamente, no oceano insondável da existência
Onde a vida tem danos, entre tantos enganos, na procura da felicidade.
Neste oceano das dores, afoga essas lágrimas filhas da vida e da morte
Segura o leme da tua nau, iça a vela da sabedoria e procura a tua sorte
Circunda a orbe cintilante, onde o norte é distante e o vento não tem tino.
No cimo da montanha do ocaso, condensa-se esse intangível desejo
Nos raios entrelaçados, onde brilham as lágrimas de procura e ensejo
Que mata a tristeza e sara a saudade, no renascer das cinzas do destino.
Comentários
Madalena
Dom, 22/12/2013 - 23:21
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Toca no profundo da alma,
Toca no profundo da alma, onde na verdade o corpo está em chamas; mas na alma está a calma!
Lindo demais!
josé João Murti...
2ª, 23/12/2013 - 10:57
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Obrigado poetisa das palavras doces
Toca no profundo da alma. Mas no interludio as palavras doces são balsamo que suavisa a dor, dando alento, despertando a mente para novas etapas.
Um bjs
conceição corde...
Sáb, 25/01/2014 - 00:40
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Lindo e profundo.
Lindo e profundo.
As vezes nem sempre rola
uma lágrima em nosso rosto,
mais rola um rio nos olhos da alma,
e assim prossigamos com fé,
e que todos os dias temos a chance de recomeçar.
Parabéns.
josé João Murti...
Sáb, 25/01/2014 - 19:26
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Obrigado "Flor Poética" Este é o poema que mais me toca.
Por vezes, é preciso saber perder para ganhar, é preciso prender o sorriso de quem gostamos na nossa boca.
É preciso dar tempo ao tempo, porque ele não para e nós viajamos nele, segurando o leme por entre as marés da vida, construindo uma personagem melhor ou pior, moldada pelas diversas experiencias que nos fazem crescer, rir, chorar, gritar, emergindo a dor e o grito de revolta, por aqueles que partem antes e deveriam partir depois.
E essas lágrimas de agrura, o tempo varre o tempo seca, suavizando a dor…., mas, a essência a semente o sal, está lá bem fundo, enraizado.
De quando em vez é trazido á colação pela associação dos diversos fatores gerados pela existência (pessoas, paisagens, locais, conversas), então o coração aperta, a mente se agita e as lágrimas que são intemporias se libertam dos elos do passado, rolando nas faces.
Depois....., a vida continua, talvez com outro estado de espirito. Como diz o ditado "Depois da tempestado vem a bonança"
Um beijo