Barco Encalhado
                          
              
        Autor:  Jorge Almeida on Sunday, 23 March 2014        
      
    
  
    
  
 
  
      
  
  
  

Vês-me, tal como eu sou, velho e usado,
Já não me dás valor nem atenção,
As rugas, as brancas e a lentidão
Afastam-te deste barco encalhado.
Isolaste-me da tua sociedade,
Sem eu ser assassino nem ladrão
Enclausuraste-me nesta prisão,
Lixeira de cadáveres adiados.
Também eu já tive a tua juventude,
Também esse teu mundo já foi meu
E eu, por ele, fiz o melhor que pude.
Ajuda quem ainda não faleceu,
Lembra-te que eu fui jovem como tu
E que tu serás idoso como eu!
Género: 
      
Comentários
fernanda r. mesquita
2ª, 24/03/2014 - 03:26
Permalink
Gostei mutio. Um problema que
Gostei mutio. Um problema que persiste...
josé João Murti...
2ª, 24/03/2014 - 17:03
Permalink
Lindo Soneto
Infelizmente, mais do que numca, enquadrado aos dias de hoje.
Cumprimentos
João Murty
Jorge Almeida
2ª, 24/03/2014 - 20:51
Permalink
Obrigado! Infelizmente a
Obrigado! Infelizmente a nossa sociedade esqueceu-se dos mais velhos...