Voltando a vida.
Volto,
envolto de tempo,
solto
da crise do momento.
Enquanto viajo
de costas para o destino
encontro o que acho
ilusão do vinho.
Já não sou pedaços,
sou um nó.
As minhas almas dão abraços,
eu prendo-me num só.
Mas não há fio, ou até aço,
que resista às manhas da personalidade
uma vez que tudo o que eu faço
é influenciado pela minha multiplicidade.
Sou um para uns
e outro para outros,
características comuns
que encontro
com o meu reencontro.
Percebo também
que, atado,
tenho uma personalidade mãe,
mas sou influenciado.
Podem achar que isto foi copiado,
é ao que soa.
Mas eu sou inventado,
apenas inspirado,
bem diferente de qualquer pessoa.
Não o digo por me achar superior,
mas sim porque não quero ser achado inferior.
A viagem chega ao fim,
com ele volto à prisão do momento.
Já não sou apenas eu em mim,
e sou-o sem o meu consentimento.
Comentários
josé João Murti...
3ª, 25/03/2014 - 15:45
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Gostei.... Força Rui
Voltaste, com a garra de um vencedor! O teu poema vai entrar no grupo dos 50.
Força,um abraço forte deste velho amigo
João Murty
Rui Correia
3ª, 25/03/2014 - 16:54
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Obrigado bom velho amigo :)
Obrigado bom velho amigo :)
josé João Murti...
4ª, 26/03/2014 - 00:47
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Parabéns
Estás na antologia.
Um abraço,
João Murty