A um amigo

Em meu palácio brilha uma chama
No silêncio da minha janela passa o vento
Que por teu doce nome clama…
Oh, que turbulento!

Em meus aposentos de ternura te invento
Sobre lençóis dourados, na minha cama
Onde a vela da fantasia derrete como num convento
E um Deus belo beija uma Dama!

Pelos trilhos silenciosos do encanto
Tropeço nas pedras rubras de um desejo
Enquanto a Fénix renascendo revejo…

No labirinto da vida, na volúpia de um momento
Desnudada adormeço sobre plumas de fama
E o meu sonho cresce com teu fermento!

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O sonho comanda a vida.

Parabéns, que a vida flua ao ritmo do sonho.

João Murty