As águas correm

As águas correm
Sem nunca parar;
E há tanta água no mundo
Que o mais certo
É não tornarem a passar.

As flores morrem,
Mas podem renascer
Com as águas que correm
Das mágoas do ser.

São águas diferentes
De mágoas presentes
apenas porque o rio não volta.

Mas a minha vida é assim, solta,
Sem flores a renascer.
Se morrem é o fim
E essa flor acabou de morrer
Enquanto o rio continua a correr.

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Comentários

Aor vezes é necessário umas braçadas fortes, para não "andar" ao sabor da corrente. Apenas os elementos sem força ou mortos vogam na corrente.

Gostei muito do poema.

Um abraço,

João Murty

E eu gostei muito do comentário :)

Como disse antes, escreve sempre o que eu preciso de ler...
Obrigado e abraço :)