Hoje, à semelhança de dias anormais

Hoje, à semelhança de dias anormais,
não estou inclinado a escrever sobre o amor.
Ele inclinou-me de mais,
uma vida toda; e nem uma flor.

Hoje, inclinado, apetece-me olhar a natureza.
Verificar a quantidade de desprezo, por vezes, maldade,
e, ainda assim, admirar que continua mostrando beleza,
a já saudade Natureza.

Quão admirável?
Quão inspirante?
Pena o sentimento ser inigualável
pelo seu habitante errante.

Nunca nós demonstraremos metade
, ou faremos, (nem um quarto de metade)
daquilo que ela faz por nós.

Usamos e continuaremos a usa-la de mais,
esquecendo a sua fragilidade.
Ela admirar-nos-à a todos, iguais.
Nós continuaremos a vê-la como uma utilidade.

Até que sem podermos seguir em frente,
perceberemos
que é na natureza
que a nossa selva está assente.

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Comentários

Poesia que bebe no pensamento e se esvai caindo de forma INCLINADA na eloquencia e no eruditismo do poeta

Parabéns meu amigo

 

Elogios dou-te pessoalmente ;). esta brutal!