O monstro dos mil dias de chuva
Autor: Recneps on Friday, 5 September 2014
Eu existo nos espaços vazios e respiro o silêncio, a inquietação.
Estou tão perto de ti como de qualquer um.
Eu não vejo pessoas.
Vejo vultos.
Rochas negras que caminham
E esperam pelo mar que as corroa
Enquanto eu vagueio nos cantos
Brincando com os deuses a rasgar cartas de amor
Que eu não compreendo
Vi a minha mãe no outro dia na multidão.
Estou tão perto dela como de qualquer um.
Talvez já não sinta nada por ela como por ninguém.
Já não sei falar com rochas.
As palavras ficam pelo caminho.
Prefiro falar com a chuva e olhá la nos olhos
Falamos a mesma linguagem,de boca fechada
Enquanto pintamos céus cinzentos,
Inundamos solidões, abrimos fissuras
E limpamos faces com filamentos de melancolia.
Fecha os teus olhos verdes e sonha durante mil dias de chuva.
Se me vires, estarei o mais perto de alguém que alguma vez estive.
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Comentários
Recneps
6ª, 05/09/2014 - 17:57
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obrigado jessica
obrigado jessica
sentir é a unica coisa que sei fazer de jeito penso eu..escrita sem dor repugna me um pouco e nao sei explicar bem porquê (qualquer tipo de dor ou sensaçao)
nao posso pedir mais do que fazer alguem sentir algo
obrigado pelo incentivo
rec
fernanda r. mesquita
Sáb, 10/09/2016 - 03:51
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Momentos descritos, comuns a
Momentos descritos, comuns a muitos de nós. Continue escrevendo