Amores que Foram e Vão

Amores que foram e vão,

Fogem para além do fim.

Vai ficando apenas a solidão,

Essa mulher que não desiste de mim.

 

Vejo tantas oportunidades,

Se eu soubesse como as buscar.

Vejo flores tão cheirosas e belas,

E as minhas mãos, rudes, não as conseguem apanhar.

 

A vida chama por mim todas as manhãs,

E eu repito tudo de novo.

Corro atrás do real e das promessas vãs,

Tento mudar o mundo e o Povo.

 

Mas nem a mim consigo mudar…

 

As minhas ideias são isolantes,

A minha cama Templo da Isolação.

A vida nunca é como era dantes,

Pessoas, coisas que estiveram e já não estão.

 

Vida, prisão daqueles que já nada são,

Aqueles que ficam presos lá atrás.

Eterna busca de uma razão,

Que quando e se aparece nunca satisfaz.

 

E depois?

Vai-se acordando,

Vai-se vivendo…

 

 

13/03/15 – 10:30

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Comentários

É bom estar de volta! Com um poema profundo e sentido.

Um grande abraço

João Murty

António Cardoso's picture

Muito obrigado amigo João Murty.

Um abraço.

Meu lindo... Que lindo poema!

Abraços!

António Cardoso's picture

Muito obrigado Madalena.

Abraço