O céu chorou
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 23 April 2015
Vacilei no dia
enquanto esperava
só amar-te em cada detalhe
aperfeiçoado em dádivas
que o corpo suplicante mordia
Embrenhei-me em ti
acossado exepcionalmente
ao mudo verso que penetra
provocante em tuas searas
padecidas
machucadas
que desta luz mortiça
reaviva, grávida
de incandescências que tanto
cúmplice amor ateia
Eu sei
que o céu até chorou
percebendo o perfume
que da minha janela
teu grato ser aprumou
Eu sei
que deixámos morrer
nossa intimas noites
em combates sôfregos
abraçados nessa impávida
plateia que ressurge
inscrevendo tantos aplausos
no dia delicado
em que te abraço
autenticando todo o espólio
onde permutámos
juras e maciços afectos
que nem eu sei jamais explicá-lo
Que meus pensamentos
caminhem solitários
famintos de ti
em lamentos silênciosos
nesta viagem vagueando
nas encruzilhadas do tempo
Que só meu coração
palpite num vaivém
monótono
entre ti e mim
abandonado pelos caprichos
resignados,
entrelaçados em instintos
satisfeitos
ritualmente vividos
e repercutidos nos gestos de amor
quando por fim me conformo
em delitos roubados
ternamente a ti enclausurados
e eu
por fim … conciliadoramente me deleito
FC
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Comentários
Henricabilio
5ª, 23/04/2015 - 21:00
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SIMbiose, SINtonia e muitos
SIMbiose, SINtonia e muitos mais SINS
fortalecem os laços do AMor.
1 abraç0o!
_Abílio
Frederico De Castro
6ª, 24/04/2015 - 15:38
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Obrigado amigo e poeta
Obrigado amigo e poeta
pela leitura
um abraço