Para que a vida não seja uma dádiva perdida
Orgulho-me de ser quem sou
Apesar dos erros que cometi
Entristeço-me às vezes
Mas alegro-me do que deles aprendi
Pois fizeram de mim
A pessoa que hoje sou
Sem eles a vida era-me indiferente
E não seria quem sou
Orgulhar-me, não quer dizer
Que me ache um ser perfeito
E há medida que tento
Superar a minha falta de jeito
Uma enorme montanha de saber
Me propus a escalar
Pois só assim irei entender
O quanto nossa vida podemos valorizar
Não vou cingir-me
Ao quotidiano do sol
Nem refugiar-me na noite
Tentarei ser um girassol
Orientando-me pelas luzes do bem
Assimilando o que a vida me dá a conhecer
Sem nunca deixar de ser
Sincera no meu viver
Oh! Que me adianta
Eu ou o mundo me enganar
Se a verdade deve existir
Para a felicidade encontrar
Pois ela só se deixa encontrar
Na simplicidade do universo
Andamos tão atarefados
E temos como certo
Que só o dinheiro trás a felicidade
Que tudo ele pode comprar
Será de facto assim?
Não! O verdadeiro amor não se deixa comprar
A felicidade é um carpo constante
De uma sede insaciável
Pelo amor, pela amizade e pela justiça
E contrariando o fel
Daqueles que mal
Só sabem proferir ou conceber
Prostrando-os no amor e na justiça
A felicidade irá reconhecer
Continuo a dizer
Que me ufano de ser quem sou
Com os meus erros de ser humano
A minha luta ainda não findou
Nos trémulos dias
Que remanescem desta vida
Gladiarei com amor
Para que a vida não seja uma dádiva perdida.
Comentários
Alberto Cuddel
5ª, 07/05/2015 - 21:37
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Gostei de ler...
Gostei de ler...
fechou maravilhosamente:
"Nos trémulos dias
Que remanescem desta vida
Gladiarei com amor
Para que a vida não seja uma dádiva perdida."