Amor

Contornos e entornos

Contornos e entornos

Se no entorno da montanha
esta o contorno do ar
no contorno de tua alma
está o entorno de meu versejar.
Se tua alma encontra teu corpo
meus versos se desconfortam no ar
procurando a melhor maneira
de mostrar este encanto contorno.
Entornos e contornos perfeitos
são aqueles que a teu lado torneio
dou a forma que quero nas letras
neste poema em que sou marceneiro.

"RETICÊNCIAS DO DESEJO"

“RETICÊNCIAS DO DESEJO”

No princípio de mim.
Eras tu…..
No primeiro corpo que vesti.
Eras tu…..
No primeiro desejo.
No primeiro toque.
No primeiro beijo.
Eras tu….

Nas reticências do desejo, eu vou falar…..

No primeiro verso que escrevi.
Fostes tu que eu senti…..

E tudo o que fui e tudo o que sou.
Foi por ti…….
E tudo o que me falta ser.
Será por ti……
Antes que o teu tempo se esgote.
Vou chorar por ti……
Antes que o verbo me sufoque.
Vou gritar por ti……

Perdemos

Perdemos
Prefiro o vento após o banho frio
que seu olhar me vendendo vazio
sem o menor alento de um teu gesto
pequeno me comprar.
Aberto um sorriso, abrindo um delírio,
dentro de lábios permissos,
perto do mais santo vivente olhar,
mas nada removia tua frieza no amar.
Tuas conclusões de vida,
nunca te deixaram ver que próximo
estava quem nunca saiu de ti,
quem nunca desabraçou teu desejar.
Quando desvia teu olhar aos cantos
me escondo nestes recantos para
tua atenção roubar, procurando o rumo

O teu sorriso triste

O teu sorriso triste esconde um sonho que não consegues contar. Ele faz chorar o meu coração, mas um dia vou levar-te para um mundo distante e vais reconhecer o teu lar.

Ao anoitecer vais caminhar pelas ruas e reconhecer a tua gente, depois vais sorrir para sempre. Vais reconhecer todas as vozes e sentir uma brisa suave que se chama paz.

Vais ter um milhão de amigos e uma casa sem portas. Vais tocar na janela do teu velho quarto e todos vão cantar.  

De que vale ver os teus olhos sem ler a tua alma

De que vale ver a água fria dos ribeiros se não a bebermos?

De que vale ver o mar sem ver a cor dos peixes?

De que vale ouvir o vento sem caçar as velas?

De que vale ouvir a tua voz sem ver o teu sorriso?

De que vale ver o teu corpo sem as minhas mãos o reconhecerem de olhos fechados?

De que vale ver os teus olhos sem ler a tua alma?

De que vale tudo se a vida não for a verdade dos nossos sentidos?

MS

(20/01/2015)

Debaixo das tuas mãos

Vejo um barco ao longe, mas o mar é amarelo e o pequeno barco é branco, debaixo das tuas mãos vejo o pequeno barco que se aproxima, mas o mar é imenso e continuo debaixo das tuas mãos.

Um dia vais abrir as mãos e vou ver-te chegar a sorrir, o barco será castanho como os teus olhos e o mar dourado como o teu corpo.

Quando o céu for azul vais caminhar ao meu lado na areia branca e eu vou tocar as tuas mãos para sempre.

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