Dedicado

Libertas

Sinto que as hordas dos homens da direita
seguram os meus versos e tentam calar os meus desejos.
São os velhos censores da nova Ditadura
que em sua medíocre patrulha
buscam a nós outros, os tolos insanos
que abriram a boceta de Pandora
com a dúbia esperança de arautos da bonança.

Incógnitas

Serão as tuas lanternas
Os mais luzentes faróis
Iluminando os meus sóis?

Serão os teus lábios
Um doce pudim de alegria
Na minha albergaria?

Serão os teus bastões
Nos meus botões
Brasas ao rubro?

Serão os teus espirros
Nos meus ouvidos suspiros
De altiva memoria?

Serão as tuas labaredas
Em mim apagadas
Num banho de espumante?

Serão as tuas paixões
Bombons derretendo lentamente
E no fim violentamente?

A PRINCESINHA

Como um presente tão delicado
Que desperta em nós tanto carinho,
Ela tem a luz de um céu doirado
E a doce ternura de um anjinho.

Quando em seu berço de nuvem dorme,
Tão graciosa, sorri sozinha;
E quem não tem um amor enorme
Por esta querida princesinha?

Seu reino de sonhos e doçura
É cheio de flores no caminho,
E nos corações em que fulgura
Ela também fez seu meigo ninho.

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