Império Lusitano

Foste por esse mundo fora,

Conheceste todo o mar.

Tudo conquistaste sem demora,

Tua glória nunca há-de acabar.

 

Com bravura sempre lutaste,

Tua força é mais que infinita.

Os canhões tu disparaste,

Ó Lusa Pátria bendita!

 

Teu orgulho virá de novo,

Novas lutas hades vencer.

Obra do teu nobre Povo,

Nunca o mundo vai esquecer.

 

Unido para o bem e para o mal,

Nunca desistes de lutar.

Tua força é mais que fatal,

Contra o inimigo e contra o mar.

 

Filho do mar com a terra,

O teu Povo vale mais que ouros.

Antigo heroi de guerra,

Ganhaste tudo aos Mouros.

 

Tua coragem nunca acaba,

Nossa Nação é una e imortal!

Nunca baixas a tua espada,

És nobre, és Portugal!

 

 

(2011)

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Comentários

Já não temos, Viriatos, Afonsos, Gama, Cabral, Eanes. Nem tão pouco um Marquês de Pombal.

Navegamos no lodo e descobrimos m**da de eleição para eleição.

Um abraço

João Murty

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Sim, amigo João Murty. Infelizmente a alma e caracter daqueles que por bem ou por mal nos construíram e reforçaram está morta e trancada numa prisão de desgraça.

Desde Viriato ou D. Afonso Henriques a Salazar e passando por outros nomes como D. João Mestre D'Avis, Vasco da Gama, Luís de Camões, Marquês do Pombal, D. Dinis e outros, que muito se fez ou tentou-se fazer para manter um Império forte, rico e grandioso (isso tudo sem termos de ser intrometidos e mafiosos como o Império Britânico ou Americano, nem vestindo pele de cordeiro em corpo de raposa), um Império com muito exemplo para dar ao exterior. Mas parece que por cada Nome que aparece e constrói, aparecem 100 nomes que destroem e sujam a obra de quem obrou.
É evidente, a nossa História reza por si, que o Povo Português é um Povo superior e vencedor, é a selecção dos melhores...mas afinal, em que é que somos melhores? Como vamos construir mais 800 anos de independência e alguma excelência?

 

É triste, para mim que sou um Nacionalista, viver e ver um País assim. Um País que tanto teve e nada tem, um País mergulhado na desgraça, um País que não se soube defender nem reinventar e por isso está à beira da morte. Está prisioneiro das suas dívidas e dos seus falsos “aliados”…

É triste não poder confiar o nosso futuro a este País, ver que mais tarde ou mais cedo teremos de embarcar. Não para descobrir um novo Mundo, mas para sermos escravos no mundo que nós próprios trouxemos ao Mundo…

 

Muito pouco saberei para falar, mas preferia viver o resto da minha vida num novo Estado Novo, onde sabia que por bem ou mal os meus Governantes estavam a tratar de engrandecer o meu país e torna-lo forte e independente que viver mais um ano ou dois nesta falsa democracia e nesta falsa soberania…

 

Quem pensa que Portugal é libre e soberano, engana-se! Portugal é um escravo de um Império a quem os otimistas chamam União Europeia e a que eu chamo IV Reich (o sonho de Adolf Hitler realizado de uma forma obscura e estranhamente pacifica…uma Blitzkrieg económica que pouco a pouco foi subjugando as Nações mais ricas em cultura e em passado como Portugal e a própria Grécia). Eu próprio fui e sou adepto da União Europeia, mas não desta União Europeia que nós vemos…

 

Não sei bem o que poderá ser feito para salvar Portugal, mas sei que não é aquilo que tem sido feito…

Nós somos Portugal! Dominamos este mundo bem antes das "potenciazecas" de hoje em dia o dominarem e não foi preciso Bombas Atómicas nem Tanques e Porta-Aviões e muito menos jogos e guerras económicas. Não temos que nos dobrar perante ninguém!

Abraços,

António Cardoso's picture

Muito obrigado, Nereide.

Este poema é um bocado antigo e nele tentei seguir os passos de Camões ou Pessoa e deixar a minha espécie de contributo ao quadro de Honra do meu País que apesar de moribundo ainda não está morto e pode bem viver mais 800 anos ou 8000.

 

Abraço.

Entrando pela ironia numa visão poética, se a alma de Camões, aos dias de hoje, debruça-se sobre o mosso querido Portugal, alguns versos dos Lusíadas, entravam em mutação, dando origem á sátira, plasmada

"LUSIADAS EM MUTAÇÃO"

As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II

E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III

Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

IV

E vós, ninfas de Lagos, onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!

Luís Vai Sem Tostões

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Infelizmente é assim que isto está...e não vejo grandes jeitos de mudar tão cedo.

Foi um pegar nos bocados piores de cada Regime e misturá-los para criar aquilo que nos ultimos 30 ou 40 anos têm Governado Portugal. O PS empurra as culpar para o PSD, o PSD para o PS...mas afinal quem é que governou desde a Revolução? Foram eles! Foram eles também quem puzeram Portugal nesta situação, por querer agradar demais ao exterior e fazer este País evoluir rápido demais e à custa dos outros. Neste Mundo ninguém dá nada a ninguém e a única coisa que nos deram foi uma contrato de escravatura para nós assinarmos e que fez com que cada Português, mesmo o que ainda está para nascer, já tenha uma divida que nunca sonhou em obter e terá que pagar por dinheiro que nunca sequer lhe passou pelas mãos.

Andou-se a enriquecer os Politicos e os Ricos e a sustentar os malandros, andaram chefes de familia a trabalhar no duro para sustentar umas quantas outras casa que não são a sua. Andou-se a abater os poucos meios de produção em vez de os melhorar, a contar com os ovos de ouro que a galinha haveria de pôr...mas nem sequer existia tal galinha.

O Povo na sua boa vontade e na sua alma ingénua andou a votar nesses miseráveis para poder ser livre e não para ser ditado por um Ditador que nem do nosso país é.

É complicado...