A FRANCISCO CEZIMBRA
Autor: António Nobre on Thursday, 17 January 2013 Eu chegara de França uns quatro dias antes
E via-me tão só n'um deserto sem fim,
Lá deixara a alegria, amores, estudantes,
Via a vida, aqui, negra adiante de mim.
Que havia de fazer? Eu não tinha um desejo,
Nada no mundo me podia estimular!
Ai quantas vezes, ao passar junto do Tejo,
Perdoa-me, Senhor! pensei em me afogar!