Geral

Vem

Vem

 

Vem, trás o teu coração intranquilo, o acalentarei sorrindo
Vem, trás os teus olhos tristes, guardo alegrias pra eles verem
Vem, trás a tua alma cansada, te darei aconchego e conforto
Vem, trás o teu lado menina, tenho brincadeiras novas
Vem, trás o teu lado mulher, te darei segurança ao meu lado
Vem, trás apenas tu, encontrarás apenas eu, todo teu

 

Me apaixonei, me lasquei

Me apaixonei, me lasquei

 

Mas num tem nada não, já fui na farmácia, já comprei dois Dorflex, quatro Neosaldina e cinco Paracetamol. Tá pensando que é assim é? Dessa vez eu tô preparado. Qualquer coisa tem o plano "B", fujo pra Jerusalém e vou lutar no Exército Palestino. Quero vê ela me achar por lá. O problema vai ser as noites de frio e de céu estrelado. Já sei o que o meu coração vai me dizer: -"Véi, tô lascado." -

 

Charles Silva

Tenho Cinco Minutos

Tenho cinco minutos e diria que já é demais,
o tempo dos astutos é sempre tempo a mais,
e julgar o julgamento é o julgamento dos mortais,
daqueles longe do momento, julgando-se normais.

A vida passa a frente dos olhos, dolorida de preguiça,
da inércia que teima em pesar mais do que devia,
Feridas ficam quando se troca pela matéria postiça,
sorrisos incomensuráveis por postiços tais...

E cinco minutos passam a correr,
escorregam da mão que envelhece,

Presta Atenção no centro das atenções

Estava eu no subúrbio das atenções, lá, toda cor é parda, e não existem super-homens. Estar no centro das atenções é fácil, cômodo, egocêntrico. Quase todo mundo quer ser notícia, alguns só querem mesmo atenção. O subúrbio é que incomoda. Mas pra mim o subúrbio das atenções ainda é o melhor lugar. Ao menos lá você é mais livre, menos vigiado, tem mais liberdade, ninguém repara em você. O que você está fazendo ou não, pouco importa, você não está no centro das atenções.

Livre arbítrio

Como posso ser o que nunca fui?

Descrever o que sentir, sem ser?

 

Queria eu ser a sensação

Da folha ao tocar no chão.

Também queria ser o chão

E dar-lhe majestosa recepção.

 

O som do trovão queria eu ser

E ecoar mostrando poder

E da noite ser a mão

Para a aurora dar proteção.

 

Tantas e tantas coisas queria eu ser.

Ser o silencio que só no ventre do vento há.

A distância que cada gota na chuva se dá.

Ser o burburinho na vida do ar.

 

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