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Inferno Virtual

Inferno Virtual

 

Tenho falado do bem no sub mundo virtual
Mas o bem não é bem recebido nos becos e ruas da Deep Web street
É um mundo onde o mal mostra-se feio e desnudo
Mas há o bem por lá, uns tentam, outros fazem, outros falam
Tudo que é humano e desumano está lá, mas
Eu falei do bem no inferno virtual

Charles Silva

As águas correm

As águas correm
Sem nunca parar;
E há tanta água no mundo
Que o mais certo
É não tornarem a passar.

As flores morrem,
Mas podem renascer
Com as águas que correm
Das mágoas do ser.

São águas diferentes
De mágoas presentes
apenas porque o rio não volta.

Mas a minha vida é assim, solta,
Sem flores a renascer.
Se morrem é o fim
E essa flor acabou de morrer
Enquanto o rio continua a correr.

Da Estrada

Da Estrada

Onde vai dar uma estrada percorrida?
Milhas e milhas, com intensos combates
Estará a felicidade ali? No fim da estrada?
São apenas estradas entre outras estradas
Não há prêmio ou fortuna no fim da estrada
Não há vencedor no fim da estrada
Lá só há o fim dessa estrada
Quem sabe começo de outra estrada

Charles Silva - Textos

Alma alforriada

Da vida que não mais presa está

flui a certeza, que ao cativeiro

não, não aceitará retornar.

 

É  o sopro que move os mundos

de movimentos serenos e profundos,

regi a vida do antigo moribundo.

 

Com o bater manso das asas

o desejo do coração

é a arma empunhada.

 

Voeje alma alforriada,

usufrua do prazer

de o seu sonho conhecer.

 

Enide Santos 10/04/14

O sol do amanhã

 

O sol do amanhã

Antecipadamente brilha

Ressaltando que o ontem o criou

Derramando laços, no hoje que não findou.

 

Do céu de ontem

Hoje apenas resta a tinta seca

Da qual a lembrança do olhar

Nunca, nunca deixara o tempo levar.

 

Enquanto que o dia de hoje

Pleno se mantém

Arrastando nos braços

A certeza do dia que vem.

 

Enide Santos 12/04/14

Ás vezes a saudade brinca comigo

 

 

Ás vezes a saudade brinca comigo.

Creio que é para ajudar-me a suporta-la.

Sei, ela precisa mesmo de mim.

 

Necessita progredir...

Carece de ser marcante e absoluta.

Quer ser a melhor saudade de todas as saudades.

 

Ah! E eu fico aqui, entregue aos seus caprichos,

Apenas soltando alguns gemidos perdidos entre densos suspiros.

Ao mesmo tempo em que algumas lágrimas,

brincam de banharem um sorrisos que escapuliu.

 

QUEM QUIZER ENTENDER QUE ENTENDA II

Tuas palavras são areia onde planto o meu deserto

E onde brota de seu chão minha estrutura mais concreta

E no final de tua cantiga aveludada e tão discreta

É que se acaba o meu valsar mais comedido e tão mais certo

 

Nas linhas de tua mão é que se prende o meu futuro

E somente quando as fecha é que conheço o nosso mundo

Entre centelhas de esperança e um desejo tão profundo

O que eu vejo é paisagem em um alto e firme muro

 

Quem me dera senhorita me fizesse aqui ser claro

sem regresso aqui

AGORA
que partis-te a explorar o deserto e eu fiquei só
AGORA
que partis-te em procura do rapaz de preto
Sento-me
neste quarto
onde só
me restam paredes,
e oiço o tráfego
lá fora
O teu fantasma
imagem de um outro tempo
persegue-me por todos os lados
Deixa-me num sono profundo
Deixa-me
para poder escrever poesia
e libertar as pessoas dos seus limites
Já agora

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