Sem Título 55 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 Balanço-me feito túnica de cortinas a cordas de violino a estalar, marco o compasso entre véus a sopros de flauta e nesses púdicos lugares eternizo-me dançarino. Vote Gosto 42% Não gosto 58%
Sem Título 54 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 Após chutar a dita estética frágil descreio na cega literatura violentíssima para mim inexistente – destrutiva, desfigurada, falecida, mas precisa! Nem tampouco me comovem as contradições d’arte emaranhada em muitos contornos decalcados – um recalcamento absurdo, improdutivo, um salto num vazio absorto… renego-me profundamente… renego-me, renego-me! aller à Rimbaud… … … Vote Gosto 59% Não gosto 41%
Sem Título 53 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 trouxe-te comigo na lembrança que tenho sempre por abrir Vote Gosto 29% Não gosto 71%
Sem Título 52 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 ainda quebras o cheiro das plantas apaixonantes desdobrei-as no martírio como envenenamento da minha triste escrita olhei-me sob o deserto silêncio azul-esmalte à procura, resoluto, da selva espalhada no desprezo em que meus olhos vergastados navegaram... Vote Gosto 30% Não gosto 70%
Sem Título 51 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 Dá-me os teus pés dancemos abertos ao meio no dorso da incrível lua estelar até nos imaginarmos ofegantes projécteis a derreter de lábios entupidos doidos e doidos de preguiçoso amor. Vote Gosto 40% Não gosto 60%
Sem Título 50 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 Toco na harmonia do suspenso caminho sei-me lamento pasmo rolado em erupção paralisante. Um passageiro muito só que cai, desequilibra-se no esquecimento indiferente. É terrível não dar mesmo encontro de mim. Perco-me num denso escuro sombrio onde as visões que sublinho fatigado, picam a esquecível memória donde parto. Vote Gosto 64% Não gosto 36%
Sem Título 49 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 No pranto uma gota me faça assombrado poeta para noutra me tornar selvagem eremita sorrindo proscrito. Vote Gosto 30% Não gosto 70%
Sem Título 48 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 houve uma ensinada tarde em que a luz se esticava dentro de mim agitava-se cruelmente longamente e eu expandia sem parar quando subi demasiado humano por entre avenidas de escadas povoadas vizualizava esquecidos sábios quem seriam? quem serão? existirão? depois da meditação sentado na última abóbada do planeta descobri a diferença entre a palavra origem e proveniência essas asas d’ouros em tudo bizarras Vote Gosto 26% Não gosto 74%
Sem Título 47 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 Por detrás dos meus abrigos olhos vejo o patético manicómio desta invisível máscara que terá de assassinar mais uma embaciada noite crescente cessar!... Vote Gosto 58% Não gosto 42%
Sem Título 46 Autor: Filipe Marinheiro on Friday, 28 February 2014 A minha cabeça pensa em todas as cabeças é sombriamente todas as outras cabeças, entranham-se, entram umas nas outras, na minha! – inquieto-me, estremeço, esmago-me, imortalizo-me tornando vidente tudo o que mexe... Vote Gosto 50% Não gosto 50%