Sem Título 22 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 O vale sacode nuvens ao sol de teus olhos A floresta deflagra exibidas criaturas O pasto afia lápis nos felpudos repolhos As corolas sábias fazem-se linguarudas Vote Gosto 43% Não gosto 57%
Sem Título 21 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 Saludarei o sismo por via da tontura amórfica. Está amanhecer, a trepidação da luz fura-me os cactos olhos e decaiu imóvel abraçando as supimpas palavras do sol. Vote Gosto 57% Não gosto 43%
Sem Título 20 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 No sossego da meditação toco nas vestes da multidão que vão em robotizada marcha para as camas uns dos outros. Ociosos da lentidão da vida perguntam-me como podem engatar os órgãos sexuais alheios excepto ouvirem confissões por exortações. Eis um colóquio que acaba numa tóxica orgia no interior dum graxo tabique negro. Ponto final. Vote Gosto 38% Não gosto 62%
Sem Título 19 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 Tenho fios de electricidade dentro das veias que me abalroam minha boca de alcatifa. qual será a tenção ao brotarem infrene laranja leite? Pelo menos tentei-te metade da revelação. Vote Gosto 52% Não gosto 48%
Sem Título 18 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 morre neve lá fora como uma espécie de absorvente barro, no entanto, se eu estivesse no decurso da cor do adro faria-me rosa-pérola glaciar. Vote Gosto 40% Não gosto 60%
Sem Título 17 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 quanto menos sangrar da metal matéria mais intervalos componho nas constelações com a etérea maneira felicitar. Vote Gosto 50% Não gosto 50%
Sem Título 17 Autor: Filipe Marinheiro on Thursday, 27 February 2014 Essa macia tarde deveria ser movida para trás evitando que um nicho de archotes me destapasse o meu cru estômago desobstruindo imbativelmente crateras servidas em divisíveis taças que mal conseguem expiar as monstras vidraças ressentidas através de sãs mentiras. viajantes mentiras. Vote Gosto 45% Não gosto 55%
Sem Título 15 Autor: Filipe Marinheiro on Wednesday, 26 February 2014 Em certa circunstância alcateias de mármore uivavam aos artificiais frutos nefando passada beleza cansada, de levar pancada do nada. A tal pancada belisca-me, a beleza do acaso assume-se secreta forma a forma num herético paralelepípedo pré desenhado na anti-queda das ninfas encosta ao lado. Após cumprimentarem com salvas as lavadeiras nas suas cisternas, constatei que a beleza é a perfeição com que o ar se desloca em Vote Gosto 33% Não gosto 67%
Sem Título 14 Autor: Filipe Marinheiro on Wednesday, 26 February 2014 Ouço cântaros a darem gargalhadas enquanto anéis em ruído fincam-se nos violinos calados. Nada real acentuará ser isto, lógico que a poeira que piso desamarrará tal malha com isco. A civilização é clandestinamente isto. Vote Gosto 56% Não gosto 44%
Sem Título 13 Autor: Filipe Marinheiro on Wednesday, 26 February 2014 Pus-me em cima duma coagulada faca p’la ideia de colher a verdade p’ra lá da aberta janela em que a voragem colhe comigo os mimos dum fatal paraíso tropical. Vote Gosto 68% Não gosto 32%