Geral

Ô rapaz, que pena

Ô rapaz, que pena

 

A, você vai todo dia a um Shopping? E só se sente bem lá? Ô rapaz, que pena.

 

A, seu time foi campeão? Que bom. Mas um torcedor oposto foi morto espancado pela torcida do seu time?

Ô rapaz, que pena.

 

A, o político que você apoiou e fez campanha está preso e condenado? Ô rapaz, que pena.

 

A, você só compra calças de grife? Daquelas de 700,00 reais? Ô rapaz, que pena.

 

ISENTO

ISENTO

 

Isento das paixões inúteis, isento das religiões inúteis, isentos das adorações inúteis, isento de fanatismos inúteis.

 

E sigo como alguém inútil para o capitalismo.

 

Estou à margem, sou a margem, vivo a margem, porém, inserido no contexto. Mas se me derem dinheiro eu não vou correr pro Shopping. Vou comprar uma vara de pescar e uma passagem até o rio Amazonas.

 

Charles Silva

Cartas

Cartas

Há uma carta escondida, o jogo está para terminar e as apostas são altas. Meu jogo não está bom por isso só aposto 10%. Cartas não é um bom jogo, aliás, é um bom jogo para jogadores, não para estrategistas. Dobro a aposta e saco minha carta oculta. O que fez toda a diferença. O meu AS definiu o jogo a meu favor.

Charles Silva

Zé Culé e seu PROBLEMA

Zé Culé e seu PROBLEMA

 

Vamos manter o protagonista dessa história no anonimato, portanto vou me referir a tal pessoa com o nome de Zé Culé. Outro dia Zé Culé estava meio aborrecido e resmungando muito. Perguntei-lhe o que havia acontecido. Ele então me contou seu problema. Esse tal “PROBLEMA” atinge muita gente, pessoas que você nem imagina. Zé Culé, um cidadão de cinqüenta e poucos anos, bastante magro, mas sem nenhum problema de saúde grave ou ameno.

 

Colírio para os ouvidos

COLÍRIO PARA OS OUVIDOS

Olhando para a música

Sentindo o seu perfume

Sendo sua melodia

Analisando seus altos e baixos

Provando suas notas e ruídos

Imaginando sua silhueta

Apaixonando-se novamente

Emocionando-se mais uma vez

Com os tons de luzes sonoras

Que adentram calmamente

Meus ouvidos agradecidos

E gravemente entorpecidos

Farrapo...

Foste tecido vistoso,
vestiste-te e deixaste-te vestir,
moldaste-te a vários corpos,
nos tempos áureos do teu existir...
Veio os anos,
veio as modas,
e tu foste-te adaptando,
à necessidade por vezes nem sempre tua,
mas daqueles que te foram usando...

A tua textura mudou,
o tempo esse não perdoa,
a mão que outrora te afagou,
é a mesma que hoje te magoa...
Tão injusta é a vida,
tudo se rege pela vaidade,
ninguém se compadece do que é velho,
parece que tudo tem validade...

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