Não quero eu mais tratar do corpo.
Podem vocês ficar com ele.
Mas deixem a alma para mim.
O corpo é de vocês, para vocês.
A alma é minha!
Essa,
Eu não abro mão.
Quero tratar da alma.
Conviver com o sofrimento,
Que seja o do outro.
Quem pensa que é feliz
Não me interessa.
Quero os infelizes,
Os insatisfeitos,
Inquietos,
Os sensíveis.
Quero aqueles que sofrem da bile negra.
Cansei,
Sem mais delongas!
Não quero mais fazer limonadas,
Tão pouco chupar os limões.
Estou me desviando
Do que não é belo.
Quero encontrar a beleza,
Mesmo me desencontrando dela.
Queria eu ter nascido quadro
Para viver vestido dela.
Queria eu ter nascido toca disco
Para me derreter ouvindo ela.
Queria eu ter nascido página em branco
Para viajar com ela.
Queria eu ter nascido panela,
A VIDA
EM SI É BONITA
MAS NÃO
A QUE
ESTÁ ESCRITA.
VEJO
A RAZÃO
NÃO SEI
A SUA RAZÃO.
AMO
E É
VERDADE
A REALIDADE
É SE É
DIFERENTE.
Vou te agarrar,
Mas com carinho,
Não precisa ter medo de cair,
Mas não de se perder.
Vou te segurar forte.
Vou te apertar.
Por essa felicidade,
Não é necessário se responsabilizar.
Enlouqueça-te imoralmente,
Pois não a deixarei escapar.
Agarre-me!
Me segura forte,
Aperta-me.
Deitada, sinta pulsar,
Segure em meu olhar.
Retorne levemente de onde saiu,
Sem medo de se machucar.
82 O CRIADOR ME CONTROLA
Eu sinto muito, mas tenho que partir!
Não fico nem mais um minuto aqui...
Se ficar é só mais alguns dias!
Quando o controle remoto, for apertado tenho que sair!
Que alegria em sentir!
Que tem alguem mandando, e controlando a minha vida!
Controla a entrada e também a saida!
Meu controle está na mão do Criador!
Ele aperta e lá eu vou!
Para ser problema, ou solução...
Seja como for! Ele está com o controlador!
Ele sabe qual o programa que Ele quer assistir!
UM POEMA
É UM SONHAR
SE É BELO
FÁ-LO ANDAR.
SOU EU
O PASTOR.
NÃO.
QUERIA
DIZER
O
REBANHO.
Calçamos a prisão e estamos afastados de nossos pastos,
Mas posso sentir o capim afiado cada vez que durmo e sonho,
Só que o sempre me desperta
A cutucar meu ouvido,
O Sempre sempre me desperta
Se acordo-o sempre.
Tenho que encontrar minhas lágrimas - Disse minha amada
Com peito de donzela querente por calor.
Oh! Maldito aflito som de fraca luz,
Não me odeies pelo que dio meu diar
Meu diar eu dio pelo que odeio.