Geral
Espírito de porco
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 15 August 2025
Meio nado antes de se afogar
mas para quem quer viver
pela última balsa
aprenda a Viana valsar
qual é a cor da tua imagem?
Camaleão ao massacre!
Que não disfarça o seu punhal
faz selvageria em contra ataque
a minha religião continua
a prova dê saque
mas tu, presta atenção
e caridade
Do pó veio o homem
E do carma, o selvagem?
Não consigo entender esse amor
ou pensamentos retráteis
e cores fracas em tatuagens
Lembranças do Ferrorama
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 8 August 2025 O tempo colapsou de diversas maneiras:
eu não tive "Ferrorama" na infância
mas percebi que estava entrando na fase das maiores responsabilidades
que não havia mais tempo para brincadeiras
a viagem da vida às vezes é pelos trilhos
outras vezes por estradas áridas e dramas
vou ser ilógico
num espaço de tempo
meteórico
vou trazer instantaneamente quase todas as
ruas asfaltadas de minha infância
prefiro salvar a história até quando o juízo permitir ou pelas
cartas do fantasma do passado
O bem e o mal
Autor: WILSON CORDEIRO... on Saturday, 2 August 2025Mancomunado e à espreita
todo mal a pulsar
quem se revira na rede são os peixes vivos
já os mortos não podem se revirar
os poderosos têm patrocínio de ricos
já o pedinte se virá como dá
mais o próprio Jesus disse:
ao próprio Judas:
os pobres, sempre terás!
Esse sem juízo diz ser poeta
que em sua mente sã, só a guerra faz pensar
escreve com pena de leve a sentença
de toda dor que atormenta a paz
que demora e custa chegar
Nenhum pasto aqui
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 25 July 2025Eu poli minha mente
com espetaculares pensamentos
eu descobri pelo megafone a voz que acariciava a minha alegria
eu proclamei a cada ser humano
sua anistia predileta
eu implorei a Deus, multiplicar mais cores no arco-íris que desejo
pedi ao vidraceiro o espelho que ainda não me vejo
não me canso de ir à feira procurar a fruta, com o gosto do teu beijo
eu contei aos meus prediletos amores, poucos segredos
a perversidade é colírio nos teus olhos
quando o amor tem prazo de validade
a verdade é jogo de tabuleiro
Foi o frio
Autor: WILSON CORDEIRO... on Sunday, 20 July 2025Foi o frio que escorregou
para dar passagem ao teu corpo febril
foi uma história bem contada
de tempos atrás
foi o amor de janeiro a dezembro
colorindo o livro de todos amores
foi dor e aprisionamento
não autorizado que perdeu sua força
amor em quantidade verdadeira
para sempre, amém !
Foi o vinho inebriante na taça de Baco que deu força
e coragem explícita
para o delicado e o selvagem amor
foi uníssono e sonoro o meu grito e a intenção severa
de te amar para sempre
Estrela da manhã
Autor: WILSON CORDEIRO... on Friday, 18 July 2025Sinta-se como uma flor afeiçoada
Pela raridade de sua existência
A delicadeza de poemas cintilantes
Que os li no silêncio sem fim.
Sinta-se como uma cura provável
A tristeza rara dentro de mim
Tainá, você é elixir de vida
Minha dor daninha, perto do fim.
Alfabetos que desconheço
Mundo, em diminuto pertenço
Mas, na beleza das letras
Do teu mundo feliz, careço.
Tens o mundo a ouvir ti
Felicitas também o meu silêncio
Tainá, estrela da manhã
Que ilumina minhas noites.
ARCA DOS OLHOS
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Monday, 14 July 2025Medieval
Autor: WILSON CORDEIRO... on Saturday, 12 July 2025Eu estou cansado
eta vida de gado
ser parecido com Minotauro
neste mundo medieval
nem tão forte, nem bravo
oh, mundão!
cheio de vidas diminutas
arranha-céus de anjos
quem me dera
não morresse tanto gado
no sertão angustiado
quero
a agulha anestésica para amenizar
a dor
procedimento complexo
santa luz da esperança de órgãos
comprometidos em viver empolgados mais um pouco
coisa de cinema e de esperança
eu estou cansado das piores drogas