Geral

Rumo ao infinito

Rumo ao infinito

 

Em teus olhos

Vejo uma metamorfose ambulante

Tuas pupilas são o meu mundo

Não sou bipolar, sou flutuante

Elas expressam calma

E se idealizam na certeza do infinito

Tua voz habita no silêncio da saudade

O Céu está tão distante

Que Minh ‘alma sofre de ansiedade

Sou infinito de contradições

Sou complexa para ser explicada

Muito confusa para ser entendida

Sou um poço infinito de palavras

Jamais fui compreendida

Costuro o infinito sobre o peito

Utopia

Utopia

 

Harmonia que vem do meu interior

Sentimentos que materializei

Sem permissão, vindos da aurora

No jardim do meu olhar

A utopia está lá no horizonte

Favorece a felicidade que tenho

É de poesia que vou vivendo

De mar de rosas de céu estrelado…

Este emaranhado de sensações adormecidas

São uma visão fantasiosa, contrária ao mundo real

Refle um brilho obtuso e hipnotizador

Meus olhos brilhantes se enchem de lua cheia à meia-noite

Fantástica viagem que faço em busca

Sombras

Sombras

 

Meus olhos se encheram de emoção

Diante das águas tranquilas do rio

Um sorriso iluminado acompanhou o meu olhar

Por entre os orvalhos da saudade

Tu estavas lá, olhando o rio

Com teu ar sereno e misterioso

Rodopiavas em pensamentos ao som do barulho do vento

É quase outono, o sol já se esconde envergonhado

Por entre as folhagens das árvores que teimam em cair

Como um pescador de sonhos

Alimentas a alma nos reflexos das águas do rio

Meu coração é uma folha solta no ar

FUNDÃO – AMÁLIA, A MAL AMADA…

FUNDÃO – AMÁLIA, A MAL AMADA…

Nos tempos do Estado Novo, as três “modalidades” para entreter o Zé Povinho eram Fátima, Fado e Futebol.

Em relação ao mundo do Fado, as artistas eram do povo, da gleba, das Beiras, e não evitavam que fossem conotadas com o mal, o pecado, o maligno, pelo menos aos olhos do regime.

Longe estavam os tempos em que o Fado seria considerado pela Unesco como Património da Humanidade, longe os tempos do Fado para inglês ouvir.

FUI À SANTA LUZIA

FUI À SANTA LUZIA

Há anos prometi que um dia lá iria. Agora, em Setembro de 2018, concretizo esse desejo antigo.

Ainda de manhã, na varanda da casa, observo a parte sul verdejante da Gardunha, mais a poente chega-me o som do ribombar dos foguetes.

Na espera do autocarro municipal, o batuque dos Bombos e o jovem Rancho Folclórico de Silvares, fundado em 1947 por José Valentim; à sua morte sucedeu-lhe na direcção a sua filha Ilda Valentim Mesquita.

E se eu fosse...

E SE EU FOSSE AQUELE HOMEM QUE GRITA POR SOCORRO;
E SE EU FOSSE AQUELE HOMEM QUE TEM MEDO E SABE DOMINA-LO COM RESPEITO E EQUILÍBRIO;
E SE EU FOSSE AQUELE HOMEM QUE JÁ VIU, OUVIU E PASSOU POR MUITAS COISAS;
E SE EU FOSSE AQUELE HOMEM QUE ACREDITA E TEM FÉ;
E SE EU FOSSE AQUELE HOMEM QUE AMA DE VERDADE;
E SE EU FOSSE AQUELE HOMEM QUE LEVANTA A CABEÇA AO AMANHECER CARREGANDO O DESEMPREGO, O FARDO DAS DÍVIDAS E AS PREOCUPAÇÕES NAS COSTAS E MESMO ASSIM, ALIMENTA COM ALEGRIA E ESPERANÇA A VONTADE DE VENCER;

EU E O “JORNAL DO FUNDÃO”

EU E O “JORNAL DO FUNDÃO”

Já lá vão umas décadas, quando pela primeira vez li o “Jornal do Fundão”, pela mão do meu conterrâneo Francisco dos Santos Vaz, o “mítico” semanário fundado e dirigido pelo jornalista fundanense António Paulouro.

Andava a dar os primeiros passos em Gouveia, na Escola Apostólica de Cristo Rei, e nas férias do Natal, da Páscoa e no Verão, apesar de viver numa aldeia isolada esquecida do mundo, havia um fraterno convívio com os conterrâneos, também eles a frequentar cursos em diversos espaços culturais.

Se

Se

Se eu pudesse dizer o que vejo quando o sol nasce, se eu pudesse contar o que sinto com os olhos fechados…

Não posso, ninguém pode, não é possível, a vida não se explica por palavras, sente-se por dentro.

É preciso viver cada instante sem fechar os olhos.

Olhar sempre lá de cima para ver o que está cá em baixo, olhar de baixo para cima faz mal o que se vê é grande demais.

MS

Pages