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QUOTIDIANOS – 11º CAPÍTULO

QUOTIDIANOS – 11º CAPÍTULO

Encontro na Rua da Cale, no Fundão, à porta do atelier de pintura de Francisco Amaro, que acaba de traçar uma rota tumular nos concelhos de Pampilhosa da Serra, Arganil e Oliveira do Hospital. Lembro-me, a este propósito, de ter sido convidado pelo meu parente Padre Manuel Leal Fernandes para ter uma aula de história no Cemitério dos Prazeres em Lisboa. Nada como duas horitas num cemitério para aprender a lição.

O ARREPENDIDO

CAMINHADAS E PASSEIOS NA BELA VISTA

Passo uns dias na Zona da Bela Vista em Setúbal, um espaço geográfico composto pelos Bairros do Forte da Bela Vista, dos Amarelos, da Alameda das Palmeiras, do 2 de Abril e, claro, do Bairro da Bela Vista.

É um território múltiplo de cores, idiomas, etnias, afectos e desafectos, que às vezes salta para os jornais não pelos melhores motivos e muito por culpa do poder político. Há que vender o papel…

O Arrependido

O ARREPENDIDO

Reconhecemo-nos mutuamente, por um mero acaso, numa das avenidas da Bela Vista, à porta do Restaurante Social da Cáritas de Setúbal, anexo à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, onde os pobres e necessitados não são esquecidos.

Já lá vão muitos anos desde que partilhámos a mesma “casa”, embora com vivências bem diferentes: eu na direcção de uma instituição prisional, ele a cumprir pena por falsificação de moedas e tráfico de droga.

HÁ 440 ANOS

HÁ 440 ANOS

Portugal vivia a sua expansão ultramarina no seu maior apogeu, iniciada pela ínclita Geração dos filhos da Rainha Filipa de Lencastre, casada com o Rei D. João I, o Mestre de Avis, o Rei da Boa Memória.

Não só prepararam a Época dos Descobrimentos, que alguns querem apagar da História de Portugal, mas também as primeiras Praças Fortes do norte de Marrocos, Ceuta, Tânger…

QUOTIDIANOS SETUBALENSES

QUOTIDIANOS SETUBALENSES

Um regresso ansioso e desejado à Cidade de Setúbal, onde abraços abertos de irmãs e irmãos me recebem afectuosamente. No pensamento, uns versos do meu Pai, inserido no livro “Pater Familias”: “Em Setúbal eu encontrei/O que há muito procurava/ Só aqui me realizei/ E aos que mais amava/ (…) Recebe-me de braços abertos/Quando ao sepulcro descer/Olha pelos meus filhos e netos/Não os deixes de proteger…”

Uma Ida à Praia

UMA IDA À PRAIA

Passagem rápida pela lota para comprar sardinhas e carapaus fresquinhos depois de uma caminhada em manhã de denso nevoeiro a envolver a cidade de Setúbal.

À hora marcada, entrada no ferry Pato Real com muitos madrugadores a caminho das praias ou do trabalho a sul da Península Setubalense.

Do outro lado do rio azul, um irmão aguarda a nossa chegada como prova de hospitalidade e irmandade. Depois de tanto sofrimento silencioso, finalmente chego a estes destinos que me são tão familiares.

em poucas palavras

fugir emplena noite  que nos encontramos

falamos tanto de tudo um pouco

so que compromisso nao caia bem neste momento

corpo igual ao teu e dificil enconcontrar em alguem com tua idade

ouvimos o mesmo disco bebemos no mesmo copo

luzes da paulista ja nao incomodava tanto.

e a segunda vez que estamos juntos.

                                                        feche as janelas abafe o som dos carros

deixe tudo como esta tuas roupas nao cabem no armario

deixei a porta aberta....

Inabalável

Prenderam meu corpo mais não sepultaram meu espírito.
Cercaram meus passos mais não corromperam meus sonhos.
Foram rápidos em apontar os meus erros, só não imaginaram que eu estava certo.
Tentaram me transformar em ruínas.
Enganaram-se, porque os meus sonhos e o meu espírito são mais fortes do que essas grades que me cercam.
Sofro mais é a dor que me faz crescer.

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