os ramais da temperança
Autor: António Tê Santos on Sunday, 30 June 2019transporto as minhas equimoses até às reentrâncias do desespero introduzindo nas suas provisões a saliva que transforma os temporais em poesia através dum apurado raciocínio.
transporto as minhas equimoses até às reentrâncias do desespero introduzindo nas suas provisões a saliva que transforma os temporais em poesia através dum apurado raciocínio.
o meu fulgor transgride os códigos do meu passado augurando tremendas conquistas quando as paisagens agrestes são abrangidas por uma ventania preciosa que emaranha as minhas cantigas numa gesta requintada.
cruzei a amargura para obliterar a minha vingança nos outeiros da meninice; segui pelos arruamentos com divagações que sobreviveram nos tratados da minha memória; grafei essa liberdade na testa dos notívagos da exaltação boémia.
as ideologias retorcem os vexames dos seus autores catapultando mensagens para um paraíso movediço; ascendem as avenidas do tempo para recrudescerem a intensidade das suas labaredas; desenrolam o bem-estar para lá dos imperativos que professam.
a alma gere as teorias expandidas através das palavras continuando pelas veredas da experiência a cerificar as missivas que transporta para a órbita da inspiração.