os ramais da temperança
Autor: António Tê Santos on Saturday, 8 June 2019a alma gere as teorias expandidas através das palavras continuando pelas veredas da experiência a cerificar as missivas que transporta para a órbita da inspiração.
a alma gere as teorias expandidas através das palavras continuando pelas veredas da experiência a cerificar as missivas que transporta para a órbita da inspiração.
as emoções irrigam a flor plantada num recanto da minha consciência para que eu possa resistir às intempéries que acossam a minha liberdade e que geram a desolação no meu itinerário arrebatado.
jornadeio pelos mosteiros da redenção efetuando asceses que promovem as virtudes inseridas na estimada poesia quando as suas palavras interpretam a formosura que subjaz ao descampado existencial.
receio os claustros onde se regurgitam metamorfoses que sobrelevam as danças da maioria; receio que um tornado convincente transite pelos costumes trespassando na multidão as farpas da saudade; receio as fúteis campanhas coletivas que excomungam os delituosos que as censuram.
a víbora introduzida nos meus devaneios requer que a sapiência suprima o seu ondular pelas fráguas que oprimem os meus pensamentos cadenciando a toada da minha existência.
quanta amargura há numa vida enrolada em afeições que rodopiam entre os tapumes da agressividade! quantas reminiscências são eliminadas da caverna da alma para que ela possa divulgar as suas contusões!
os vocábulos fluidos que nos convêm para abater as experiências dolorosas habitam nos plantios da veracidade e professam uma fé caótica nos labirintos duma ostentosa mansidão.