cataratas de luar
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 12 March 2019há roteiros penetrantes que me catapultam para um benfazejo existir sempre que os meus sentimentos são fecundados pela maturidade enfraquecendo as desarmonias dum olhar antiquado.
há roteiros penetrantes que me catapultam para um benfazejo existir sempre que os meus sentimentos são fecundados pela maturidade enfraquecendo as desarmonias dum olhar antiquado.
requeiro narrativas que adulterem esta realidade enfadonha constrangendo a tristeza e avivando a fantasia nos meandros dum alvoroço que exprima as deliberações paroxísticas da minha inconsciência.
assinalo os pensamentos deslumbrados que se aperaltavam nas abas da loucura e a glorificação das emoções falidas que serpeavam pelas missões de outrora onde eu usava florir como uma rosa supérflua e tristonha.
a labuta diária tem dísticos de polidez que ressoam onde os cordatos se movimentam para não deglutirem uma sopa imunda; que anunciam colóquios transferidos dos lugares da agonia; que parodiam as disputas que sobram das efusões melancólicas.
A mais confusa dor,
Verdadeira irónica melancolia.
Aquilo que o coração tem,
A alma não queria.
Consciência do fim,
Inconsciente amor profundo.
Fazer não apenas por mim,
Por mim, e pelo Mundo.
a minha poesia recresce de intensidade quando ascende as modorrentas faldas duma cordilheira abrigando desejos que exigem deliberar sobre matérias suspensas no lugar dos homens.
Trata-se de um poema que resultou de uma meditação.