a flor austera
Autor: António Tê Santos on Thursday, 19 April 2018o escaparate das ilusões amplia-se pelo vácuo langoroso dos meus enredos quando a nomenclatura me favorece nos terrenos volúveis onde me situo, fragmentado e contraditório.
o escaparate das ilusões amplia-se pelo vácuo langoroso dos meus enredos quando a nomenclatura me favorece nos terrenos volúveis onde me situo, fragmentado e contraditório.
os sentimentos fluem duma maneira hesitante cursando os rios que há nos itinerários da temperança onde os seus obstáculos é o degredo que os avaliza nos relatos que extravasam a poesia.
requeiro os meus dissabores para proceder à inventariação dos seus indícios cruéis: a dolência transborda vociferando contra a poesia otimista: é uma estatueta aterradora percutindo os transes do passado.
Voltou tudo de novo.
Não sei o que o destino dez,
Mas tudo acabou.
Não quero voltar a fazê-lo outra vez.
Não quero amar.
Não quero fugir.
Se o passado voltar
Vou saber mentir...
Perguntei-me:
-Que fiz eu?
Onde foi que errei?
Que diz a Deus?
Talvez a culpa fosse minha
Pelo meu jeito possessivo,
Tinha a mania
Que o amor fosse agressivo.
Pelo menos não posso dizer
Que não fui feliz
Porque o fui a valer
Pena este final infeliz...
as rebeliões desencadearam-se no tablado da ironia onde os ditames se desprenderam numa catadupa de versos inofensivos e as facécias suavizaram a miséria de viver.
avalio os efeitos da minha regeneração nos trilhos aduncos onde a formosura se vai instalando; onde escavo a lucidez com relatos ásperos e contundentes; onde trauteio inspirações que entalham este universo pardacento.
disponho a sensibilidade num átrio perene onde a comemoro com uma candura desmedida através das palavras vigorosas que ofereço ao meu entendimento.
a fantasia burila uma atividade ávida projetada contra o paredão das vicissitudes e que desagua num oceano conspurcado onde a realidade suporta os seus próprios queixumes.
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ORACÕES E MUSICAS AUTORA MARIA CARMO AS CANTA TAMEM E PEDE A DEUS POR A PAZ PARA O MUNDO