Meditação

Civiliza

Civiliza

A face oculta do homem espanta
na garganta, nas palavras, nas sagas
tudo estraga na má vontade
de embora tarde reconhecer que errou.
O erro é sinal de medo civilizatório
que arrasta as verdades mais intimas
realidades reprimidas de um ser
que ainda não se descobriu.
Já, já, passa este ser
que parteja pelo planeta
deixando apenas pedras polidas
como tantos outros seres já deixaram
ossos nas cavernas pra dizerem
que nunca existiram.

O desgoverno

O desgoverno...
 
Inoperante diante da astucia esperada,
incólume em solo movediço,
de causas mal resolvidas,
satisfeito de ser menos que o prometido.
Haveria sorte em que acreditar,
antes mesmo de começar,
sua vontade será igual surda,
no mundo absolutamente inseguro.
No mesmo comprimento do ora andado,
pelos martírios já suportados,
cobrada pelo espanto de sua enorme sombra
recalcada ainda com o sol a pino.
Presente sempre com enorme fragilidade,
na matilha dos inconsciente,

A caixa

A caixa

Me vi pequeno, muito,
dentro de uma caixa, minuta,
com paredes, supremas,
em cima de um nada, hórrido.
Assim como antes, hoje,
perdi o tempo, num instante,
ganhei olheiras, gigantes,
nada resolvi, estranho.
Onde estou, agora,
e o que restou, depois,
e quando não mais ver, verei,
serei todo então, resolvido.

Entregue-me flores

Entregue-me flores,
Dê-me um sorriso sincero, 
um abraço,
me acolha em seus braços.
 
Conte-me segredos obscuros, cômicos, 
não importa,
apenas conte-me,
diga-me inteiras verdades, ou inteiras mentiras,
faça-me sentir euforia.
 
Não me procures com pensamentos revoltos,
nem preocupe-se,
caso houver, não os guarde,
conte-me, porém, sem alarde.
 
Faça-me rir,

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