Meditação
Quando custa lutar, custa acreditar de novo,
Autor: Maria Simao Torres on Monday, 11 December 2017o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Monday, 11 December 2017a minha voz entoa preces constrangidas pelos sustentáculos da minha abrangência nos dias turvos que eu fronteei em teatros virulentos (com os extravios empolgados pela minha juvenilidade).
Da morte, eu tenho medo
Autor: Michel Willian on Monday, 11 December 2017dos risos, do meu jeito,
não esqueçam os meus costumes,
os meus sonhos, meus desejos.
e passageiro, tudo se torna,
e o cronômetro do nosso tempo,
infelizmente, não é de brinquedo.
das minhas lutas, minha carreira,
lembrem-se das minhas palavras,
do meu olhar, minha presença.
aos meus amores, aos meus romances,
Sem direito
Autor: Marcos Rossi on Sunday, 10 December 2017Sem direito
Morreu sem direito a luto
Sem direito a velas
Sem direito a preces
Tudo isto porque morreu
Se vivo estivesse
No luto lutaria
Muitas velas acenderia
E uma prece rezaria
Mas morto está
Na memória de todos
Nas curvas da historia
No voo solitário da gaivota
Não luta mais
Não reza mais
Não voa mais
Mas pode ressuscitar
Dentro de uma garrafa cheia
De aguardente quente
De pensamento fumegante
De futuro insipiente
O teu passado não define o teu Presente, nem o teu Futuro.
Autor: Maria Simao Torres on Saturday, 9 December 2017Fui Fraca
Autor: Joana Trindade ... on Saturday, 9 December 2017Relógio
Autor: Marcos Rossi on Saturday, 9 December 2017Relógio
O tempo esqueceu de apontar
algumas coisas que já não me lembro mais
me parece que o tempo só aponta
coisas grandes e as pequenas deixa pra traz.
Por isso não uso relógio,
seus ponteiros se cruzam sem nada marcar
só avisam que chegou a hora
que já vai correndo embora
na tentativa somente de me apressar.
Acho que por isto não encontro meu tempo
por estar mergulhado nas coisas pequenas
amparo-me nelas como se verdadeiras,
e quando descubro que não sustentam
dou volta e meia pra trás
o cais sereno
Autor: António Tê Santos on Friday, 8 December 2017nos interstícios da formosura vão e vêm escritos adelgaçados pela consciência com vocábulos treinados para replicar ao azafamado destino através duma textura crassa que transforme a sabedoria num oásis proeminente.