rumores essenciais
Autor: António Tê Santos on Friday, 30 June 2017há vocábulos entretecidos por ideias que se desprendem do ócio para aterrarem no cerne da misantropia.
há vocábulos entretecidos por ideias que se desprendem do ócio para aterrarem no cerne da misantropia.
A árvores não fogem
e as lágrimas não apagam incêndios..
as palavras soltam-se quando as equimoses são recolhidas e transudadas ou quando me sustento do monturo que cinge o meu olhar abrangente.
as alegorias introduzem relatos conspícuos que se prolongam pelo umbral do sofrimento transportando os fardos assinalados pela razão.
apaziguo a mente quando a postura é a dum animal castigado pelas intempéries; quando ascendo um porvir arrancado ao tabuleiro da morte; quando interrogo os fundamentos das minhas reflexões.
Escrevo, não para afogar minhas mágoas
Pois para demonstrar meus sentimentos
Mas sinto-me numa profunda solidão (Outrora)
Falarei de ódio e do rancor que tirei do meu coração
Saudade que vem, profunda tensão
Meu mundo vazio nessa imensidão
Eu necessito de um abraço! Eu necessito de um abraço!
Porquanto vazio, hoje até vazo quebrado
Letra de poema torta, porém desalinhada!
Sinto-me refém no meio da estrada mais nada.
Me perdi num oceano
Qual caminho seguir
Se direita; ou esquerda... nem consigo discernir
“O tolo é ancioso; a ansiedade traz uma expectativa; os néscios se frustram antes de algo realmente acontecer por não estarem preparados para o fracasso, tão somente, pela soberba se preparam apenas para a vitória. Caí numa profunda solidão; cria-se mágoa
os menestréis ressuscitam a esperança quando cantam poemas de amor, mas as querelas repercutem-se e a existência clama pela banal monotonia para que se escrevam trovas acerbas que encolham os salmos ou os incluam num clássico existir.
as metáforas jazem nos pedestais da agonia urdindo contundências perenes: ribomba a má-sorte progredindo nos terreiros onde reclamam as criaturas: os seus protestos admoestam as ladainhas e suspendem as ilusões.
Ouvido músicas,
No profundo silêncio de quem escuta a melodia,
Letras gravadas na mente,
Como um clipe contínuo de uma história cantada.
De quem procura acima,
No sob consciente descontente,
A contentação com a felicidade.
As músicas são melodias profundas,
Que afoga a imaginação numa profundeza fantasiosa,
Onde o pensamento reina,
Criando imagens ouvidas no agora.