castos dizeres
Autor: António Tê Santos on Thursday, 16 June 2016transponho a montanha do ócio para o canal túrgido onde a maternal descompostura vibrou a minha alma exposta à reclamação e aos impulsos que se impuseram nos cânticos.
transponho a montanha do ócio para o canal túrgido onde a maternal descompostura vibrou a minha alma exposta à reclamação e aos impulsos que se impuseram nos cânticos.
os regatos que saltitam na sombra transferem-se para uma quimera assustadiça onde as costuras se começam a delinear exprimindo os sentimentos extraviados quando os abusos se quiseram impor.
requisito as mágoas para que façam assentar nas cáries ondas de perfume que induzam relatos conspícuos: a misantropia assolada, o traçado das conquistas empolgantes, a página aberta pelo conclave dos sábios encimando as minhas convicções.
I have failed in everything,
I have failed to everyone.
I have failed .
I have failed in all i've done.
I have failed by being wrong,
I have failed by being right.
I have failed in this song,
I have failed in this life.
I have failed by doing nothing,
I have failed in this fight.
I have failed by day,
I have failed by night.
When shall I suceed?
Why can't i have power?
My failings are a seed,
That will grow into a flower.
quando o homem tem a dose de sensaboria que prende a liberdade a questões fúteis; quando conspurca a ambiência com mexericos ardilosos; quando tem a firmeza de encaixar na vida relatos insinceros... então evolui nela como um autómato estruturado.
são dizeres exaltados em jogos que a remessa de beijos pode transformar em insólitos regatos impostos ao ondular da agonia; estão nas ocupações frívolas mas imperativas conducentes aos tratos que se aperaltam na intimidade.
destapo o roteiro dos abusos, abro os cortinados existenciais com
a força obstinada dum energúmeno que sabe apreciar o lado ínvio
das paisagens; infiltro-me nos aquedutos da comunicação para
que o mundo se emocione com as minhas evidências, reconto os
desenganos sequentes aos sorrisos prestimosos e sinceros, desfaço
os nós anquilosantes com uma lógica arrevesada no entrosamento
das ideias com os factos experimentais; concebo uma evolução sem
as farpelas roídas dos arlequins nem os prejuízos dos usurários ou
as palavras do trovador que se dirige a um eremitério para reconquistar a sua fervência ou que se transfere dum canteiro florido para solicitar a sua rusticidade são palavras dum regenerado elaborando versos fundamentais.
as papoilas emergem quando a agonia ultrapassa o normal desempenho e a fulgurância tomba num sequestro atroz; quando as portadas mundanas são abertas a ficções mórbidas ou o ressentimento é infindo porque as existências são elevadas a cocurutos traiçoeiros.
o silêncio da gente quando emerge a mistura da água com o vinho na festa pagã que a liberdade fiscaliza; num juízo imposto aos que exasperam por topar o amor; com uma lealdade que ajusta o fado à voz amargurada.