Meditação
A verdadeira bonança
Autor: Duarte Almeida Jorge on Wednesday, 4 November 2015Não vás, nunca me deixes.
Se fores, leva-me contigo.
Se não me levares contigo, não me esqueças.
Se não voltares, se me esqueceres,
Serei comandante deste navio que navega pelo mar.
Enquanto a tempestade não me engolir resistirei firme agarrado ao leme.
A gritar o teu nome com tanta veemência quanto os trovões que ecoam pela noite.
Talvez com um empurrão do destino aliado a uma tão esporádica sorte, eu consiga sobreviver ao temporal que anunciava o meu fim.
Mirada
Autor: Frederico De Castro on Monday, 2 November 2015Não voltes por dó
Autor: Duarte Almeida Jorge on Monday, 2 November 2015Hoje já não aguento,
Hoje já nem comento.
Hoje já nem invento,
Quanto muito eu lamento.
Mas tenta por amor,
Não tentes por favor.
Desisto mas não quero,
Logo resisto a desistir.
De repente quando vejo o zero,
Tenho medo de partir.
Fui me embora sozinho,
Volto agora tão só.
Admito que magoa um bocadinho,
Mas não voltes por dó.
Gota
Autor: Duarte Almeida Jorge on Sunday, 1 November 2015Gota que chove tristemente,
Chora num pranto isolado.
Molha as costas de tanta gente,
Que nem se sente a ser molhado.
Sopro de um vento sentido,
Quando te oiço a cantar.
É um ritmo que quando ouvido,
Amplia aquilo que sinto,
É a brisa onde vais voltar.
A terra húmida que já é lama,
Encaixa entre os meus dedos.
Numa frieza leviana,
Que este frio não me engana,
Quando lhe conto os meus segredos.