Meditação

Revelação

Insignificantes olhares de realidade exagerada…… em mil visões de coisa nenhuma preenchem momentos de cerebral vazio Em forma de um coração cheio de colorido afeto de tonalidade variada Em enormes painéis pintados com certezas de pequena estatura …surgem salpicados chuviscos de colorido acentuado…..

Meditação

Meditação
 
Feliz o homem que se emociona, 
aquele, que se encanta, medita
noite e dia
e por excelência
se renova constante inabalável
que semeia e colhe no tempo certo
as palavras e os caminhos traçados
nas vivências se encobre de mansidão
nas preces e na rectidão de uma esperança
velada no reinicio de cada capítulo ainda
por escrever...
vou meditando, aspergindo as palavras sem

Falar com Deus

Falar com Deus...
 
Não tenho vergonha de falar em Deus
nunca tive
e sei o quanto Ele representa
para mim,
pois não fosse minha fé e crença
firmada numa reverência
sem tamanho nem medida,
algemadas em toda a indulgência
jamais me encantaria com as borboletas,
o sol, o mar , as estrelas
e a vontade tamanha que tenho 
de viver desesperadamente !
FC

Dificeis Emoções

São breves os momentos de longas cumplicidades de clareza esquecida

Ternura de mil afetos de estranheza manifestos vão sendo aprendidos com tamanha e profunda ligeireza

Doces olhares de estranhos rancores de um mel amargo……

Inatingiveis sentires de fácil alcance

Conversas banais de assuntos em ironia recalcados

Sentidas emoções de difícil comunicar vão saindo em modo de incrédulo diálogo facilitado

Brotando em forças de água em jato de seca fonte retirada.

Toma-se forte balanço em salto falhado

Adormeço sob a sombra das palavras

Adormeço sob a sombra das palavras

 

Fala-me nessas doces palavras

que nascem contigo pelas manhãs

fala-me dos campos , das searas ondulantes

beija-me com a tua aura fresca e ténue

embala-me em histórias férteis , plenas de virtude

 

 

Lírios , girassóis , rosas , violetas

pomares , cerejas , amoras , morangos , framboesas

Primaveras dóceis

odores , cores , cristais de orvalho

...adormeço sob a sombra das palavras...

 

Poema da Pena

Corre devagar a minha pena molhada em tantos tinteiros....

Tantas manchas ilegíveis ....

Tantos borrões que mortos se erguem agora

Pegadas míopes de uma caminhada longa e escura com alguns flaches de uma musica nunca tocada

Tantas vezes ouvidas numa talentosa vibrante orquestra desmembrada .....

Tantos maestros gesticulam num ritmo quase infernal quase desesperado......

Ouve-se ao longe o ribombar de gente calada

Séculos de revolta desorganizada quase imperceptível que ninguém comanda ...

Poema aos sábados

Gosto de sábados assim…. sem novidades de atormentados odores de novos perfumes…..

Belos jardins de calorosas abraços de fechados braços mudos e silenciados

…..Pensamentos ás mãos cheias surgem de um quase nada instantâneo e repleto canto de sereias…..

Solidões de prazer semi frio servido em terrinas fumegantes em forma de concha ladeada de pérolas verdadeiras…….

convites envoltos em dúvida vagueiam em ondas sonoras de viagens sonhadas ….

Como quem assiste a tantos nadas de rara beleza ….

Noite Misteriosa

Noite Misteriosa

Aroma subtil de secreta escuridão

simples Profunda límpida perfeita

Reconhecida clareza de entendimento

É luminosa a nítida penumbra

Belos Círculos multicolores

Cascatas de abundante desordem

Envolvem misturas em regras ordenadas

Surgem na penumbra Fortes clarões

Lâmpadas acesas cegam olhares de nitidez

enganosa

São agora trevas de perturbante resplendor

Clarão de luz radiante invade meu ser

Ao Longe aproximam-se milénios de lucidez

Horrores de Felicidade

Em modo monstruoso se despedaçam sentires de doce sabor de framboesa envenenado……

 

Horrores de felicidade esfaqueada sangra em rios de marés esvaídas em dores de alma cujo corpo já não sente……..

 

Ao longe  vislumbro novos rumos luminosos….

 

Sai um negro fumegar abundante em  chaminés de lareiras crepitantes ………cuja chama já extinta lambe um braseiro atiçado….

 

Fogos de palha ardem num nobre coração que coabita em gélidas muralhas talhadas em belas arcadas de amor desmoronadas ……..

 

Um mundo gigante

 
 
 
O sol entre os telhados,
as andorinhas nos ninhos dos beirados...
 
-O vento tem coração?- eu perguntava.
-Tem-dizias- assim como os teus olhos têm borboletas a brincar.
 
A chuva quente de verão
em pingos grossos que desbotavam o chão,
que provocavam um cheiro morno no feno

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