Fazer
Autor: Kira on Thursday, 1 May 2014Aquilo que se faz de forma consciente ou não, acontece e em parte nos satisfaz.
Aquilo que se faz de forma consciente ou não, acontece e em parte nos satisfaz.
Quando mordi aquela maçã
Vermelha e fresca, fresca e vermelha
Com seu aroma me embriaguei;
Banhei-me c`os raios da manhã
Doirados qual o corpo da abelha,
Que me contornando divisei.
Senti dos riachos a fragrância,
Das flores a suave textura
Em minha boca a se desmanchar.
Abri aquele riso de infância
Ante à sua rubra formosura
Às nuvens da tarde similar.
Chego tarde à vida, mais ainda vou a tempo,
Não sei o que pensas, mas não para o meu pensamento.
Vou atrás do que quero, mas não consigo ver,
PEREGRINO
Sou um peregrino do tempo,
de alma corroída e sem saber fixar-me,
deambulo, numa saga buscando a verdade,
procuro no passado e no sentimento,
a eloquente razão para encontrar-me,
apagando a sombra, que me invade.
Como um samaritano percorro,
lentamente a estrada da expiação,
apenas um nada, preenche o vazio
espaço que no pensamento, escorro,
dissecado no processo de reflexão,
esconjurado do seu homizio.
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Hoje li um poema
Como quem toma uma hóstia.
Nem sempre a poesia – tal qual a vida –
Possui este arrebatamento transcendental.
Sei que existe magia em meu redor,
Mas ela não está sempre disponível para mim.
A minha cabeça está pouco tempo livre
E no meu ser manifesta-se esta incapacidade:
Umas vezes, quero e não posso;
Noutras, posso mas não me predisponho…
E a vida arrasta-se num somatório de promessas adiadas!
Como um peregrino, caminho ao encontro da beira do espaço e do tempo
Acordei ao som do marulhar de um lago
Trago na minha bagagem
roupas em cores e tons básicos