Meditação
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 16 December 2020os vexames que suportei contêm sonhos que reúnem os alvoroços da minha vida: são dias e dias em que liberto asceses na minha poesia; são gomos de erudição que verto num mundo baralhado pela impostura.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Sunday, 13 December 2020contradigo as melífluas paisagens dos homens quando leio nos seus semblantes as marcas duma vida inconsequente e estéril; e quando isolo os seus tristes anseios do lugar onde jazem os seus excessos deploráveis.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Thursday, 10 December 2020afasto do meu caminho os gigantescos embustes que renovam os pudores antigos e as fórmulas intermináveis que expõem à zombaria aqueles que revelam os seus tímidos defeitos e as suas dramáticas suscetibilidades.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 9 December 2020diminuímos os nossos temores pungentes quando libertamos da nossa carnadura os atos vergonhosos que ornamentam a convivência ou quando recolhemos do mundo os sinais que fragilizam a nossa evolução.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 8 December 2020a democracia fomenta os intentos humanos mas as suas diretivas também suportam uma jurisdição que tomba em orgias mediáticas ou incluem pensamentos por rasurar na tribuna dos nossos tormentos coletivos.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Sunday, 6 December 2020a vergastada simbólica naqueles que criticam os logros inscritos no nosso entendimento; naqueles que nos desfiguram quando investigam as querelas e os reveses reunidos nas nossas perturbações; naqueles que arruínam as nossas quimeras.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Friday, 4 December 2020liberto a alma dos seus devaneios inconsistentes que entrosam na farsa mundana ou que florescem nas suas lidas agrestes para que possa caucionar um comportamento que remova as grilhetas duma existência coibida.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 1 December 2020contesto o frenesim diário em versos que geram próteses que me libertam; que florescem no rescaldo duma era oportuna; e que integram os fundamentos salubres onde me quero descontrair.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Saturday, 28 November 2020as vicissitudes obrigam-nos a declinar a matriz pérfida da figura humana sempre que o seu comportamento quebra as amarras dos nossos intentos ou os seus reclamos transviados nos embaciam a lucidez.