Meditação
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Friday, 20 November 2020a proeminência dos sonhos sobre a bruta realidade origina fervores que refreiam a desventura abrangente prometendo instalar o mundo numa redoma entusiasmante que cure as sequelas da alma e louve a alegria.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 18 November 2020o íngreme caminho que percorro quando excito os destemperos da vida para depois os afagar com as luvas do ressentimento; e quando me introduzo na minha natureza fustigada para colmatar as brechas da memória.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Saturday, 7 November 2020sento-me no divã da poesia para que ressaltar as explanações que fortalecem os meus temerários objetivos; e para desprender a minha imagem dos lugares onde a intransigência prosperou.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Thursday, 5 November 2020hoje versejo sobre os manifestos ternurentos que eliminei desde a ferida aberta pelas ondulações amorosas que defrontaram a minha compleição expandindo o curso dos meus anómalos temores.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Monday, 2 November 2020o meu vocabulário evade-se dum descampado pueril para mitigar as minhas súplicas e os meus clamores furibundos; e para inscrever nos meus bailados a essencialidade que me sustenta.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Sunday, 1 November 2020rejeito um mundo que me embaraça quando engulo as suas desaprazíveis colheradas de fel; quando serpenteio entre as suas garras e as suas vibrações abomináveis; quando os meus nítidos dizeres intersetam a sua péssima fama.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Saturday, 31 October 2020a crueldade daqueles que inoculam o temor nas nossas vidas e foragem de seguida aos nossos delírios ou acirram o caos que se avoluma nas redondezas do quartel rígido que sustentam.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Monday, 26 October 2020no claustro onde habito vacila a minha esperança através do fatalismo que o meu instinto certifica quando regateia a poesia que nasce do meu singelo gargantear.
arestas cáusticas
Autor: António Tê Santos on Sunday, 25 October 2020prossigo no encalço da veracidade quando toda a miscelânea que me fustiga me faz também acordar para os desenlaces da minha existência e quando os meus movimentos se isolam do fulcro duma romaria alvoroçada.