Prosa Poética

NO VAZIO DO TEMPO...

NUM MUNDO DE ILUSÕES...

PERDIDA ESTOU.

SE SONHO COM O AMOR!

 E ELE  SE VAI!

EM BUSCA DE OUTRO?

TALVEZ...

QUE SINA ESTE AMAR!

EU NÃO SEI.

SE TE ACHEI PERDIDO...

SE JÁ O ENCONTREI!

MAS... AS ILUSÕES QUE VIVI...

JÁ SE FORAM.

POVOA MINHA VIDA, LEMBRANÇAS.

PERDIDAS, NO VAZIO DO TEMPO...

PERDIDAS.

Eu

EU

 

Dou-me ao abandono da escrita,

onde o não existir do papel esgota

as forças internas de mim.

 

Poetizar é viver dentro da vida,

é renascer,

é vasculhar o interno das entranhas

do fundo dos fundos.

 

Ler-me não é somente sentir,

é ver-me em palavras acalentadas

na chama da inexistência,

é magia das magias onde

eu sou o coelho e o poema a cartola.

 

Caldear todas as sílabas,

adjectivar o belo,

personificar o impossível,

Um dia...

Abro asas na noite escura e parto vestida de breu na busca do sonho esquecido que um dia se perdeu. Sou só eu e o céu, onde se escondem estrelas sem brilho, nos caminhos onde a alma um dia se escondeu.

Ao longe um murmúrio dolente, do meu rio entre fragas… tão manso e solto como a noite, tão livre e perdido…como eu! Amanhã, amanhã talvez a luz me encadeie o peito e um sorriso me vote a fazer sonhar.

Trago silêncios presos nas mãos que se abrem em busca vã. Trago mordaças rasgadas por onde se solta o grito mudo.

INVEJA X AMOR

UM DIA O AMOR BATEU,

EM MINHA PORTA E ENTROU.

NEM PERGUTOU SE ERA ALI...

QUE LHE QUERIAM...AMOR!

 

E LÁ QUIETINHO FOI FICANDO...

MINHA MORADA BAGUNÇANDO.

FELIZ! POIS É ASSIM...

QUE SE MOSTRA O AMOR!

 

MAS LÁ QUIETINHA ESTAVA,

UMA INVEJA MALVADA!

QUIS ELA ROUBAR O AMOR!

 

PRA FORA ELA FOI TIRANDO,

AS ALEGRIAS LEVANDO...

E MACHUCOU MEU AMOR!

 

RESTARAM AQUI AS FAGULHAS.

DESTE SENTIMENTO EM BRASA.

E UMA SAUDADE QUE ARRASA!

- Uma faísca de Amor -

- Uma faísca de Amor -

 

Uma faísca de Amor sobre o manto de pele nua,

pode incendiar todo o desejo e

beber nessa fonte fecunda e infinita,

despertará toda a inquietude da paixão.

 

No mágico momento, em magia da amizade

nasce  as garras fortes de Amar-te é outro paradigma, e

em boca – corpo em caos de boca emerge o beijo

entre o espaço de relaxamento prodígio da noite.

 

Rendida ao tacto em argila húmida e quente,

caldeamos suspiros e gemidos em partitura

vogal de ais e mais ais.

 

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