Prosa Poética

Folhetim de guerra


Em linha de frente desmilitarizada
Um soldado fez uma triste canção
Foi o que restou depois de tantas guerras ...
E de muito esperar por grandes batalhas...
Talvez, não percebeu que o combater não merece maior atenção
Ainda não descobriu que o viver é muito nobre.
Ele era um destes soldados
Que aprendeu de alguns lideres religiosos
Que deveriam amar seu próximo
Bem próximo mesmo!

Atuação


Senhor
perdoe as minhas intransigências espirituais
no papel de humano...
Humano,humano mesmo...
Não desejo o pecado que passa e deseja ficar para
enfraquecer  minha coragem de aprendiz
Peço ainda que ajude minha fé adormecida a acordar !
Senhor, me ajude a ter sangue frio
Nas veias em ebulição...
Por favor, além das bondades já concedidas, a mim
Na estadia singela da incompreensão gigantesca que também tenho

SER POETA

Vou escrever que ser poeta é ter carne
É morrer em cada página escrita
E renascer de novo num silêncio suicida 
Que sangra no seu próprio grito
Ante a glória que dilacera os dedos 
Num poema impossível mudo de sentimentos
Desespero frágil como uma súplica 
Escrita numa qualquer página escrita por ler
Dos poetas idos que vivem em desespero
Por entre lágrimas caídas nos livros por escrever
Ser poeta é fingir  ou não o sangue dos espinhos 

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