Prosa Poética

Atuação


Senhor
perdoe as minhas intransigências espirituais
no papel de humano...
Humano,humano mesmo...
Não desejo o pecado que passa e deseja ficar para
enfraquecer  minha coragem de aprendiz
Peço ainda que ajude minha fé adormecida a acordar !
Senhor, me ajude a ter sangue frio
Nas veias em ebulição...
Por favor, além das bondades já concedidas, a mim
Na estadia singela da incompreensão gigantesca que também tenho

SER POETA

Vou escrever que ser poeta é ter carne
É morrer em cada página escrita
E renascer de novo num silêncio suicida 
Que sangra no seu próprio grito
Ante a glória que dilacera os dedos 
Num poema impossível mudo de sentimentos
Desespero frágil como uma súplica 
Escrita numa qualquer página escrita por ler
Dos poetas idos que vivem em desespero
Por entre lágrimas caídas nos livros por escrever
Ser poeta é fingir  ou não o sangue dos espinhos 

Como a teia de Aranha

Diante da soberania de Deus, eu sou como a teia de aranha, no lustre desta morada estática, incolor.
Faço dos meus dias solidão.E a Deus peço permissões. Fico em constante marasmo, por me desviar de paixões indiscretas.

Não procuro os muitos bares movimentados, existentes nesta selva planejada pelos homens, reservo-me próximo a um ranchinho do interior qualquer, tomando um caldo de cana. Sou um boêmio anônimo, meu convívio já virou um vício de sempre servir camaleões nesta terra.
Meus amigos são poucos, escolhidos a dedo, pelas mãos calejadas.

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