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Prosa Poética

Percepções virtuais

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 30 May 2019

Com seu endereço virtual a manhã conecta

Tantas ilusões quase letais numa indizível

Bebedeira de emoções tão esculturais

Simulando um poente jovial cada penacho

De luz acocora-se entre as penumbras

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Silêncio amordaçado

Autor: Frederico De Castro on Tuesday, 28 May 2019

Como é difícil abolir a solidão quando

Aflito e em ebulição cada eco escapa

Pela frincha deste silêncio em recessão

Ainda turva a manhã sacode seus gomos

De luz que bocejam tão ressequidos, até se

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Sombras voláteis

Autor: Frederico De Castro on Sunday, 26 May 2019

O olhar da noite despe a escuridão que nua

Afaga cada breu volátil e carrancudo, anunciando

Que o silêncio além pousará aconchegado e rechonchudo

As palavras essas, deixo-as deslizar pela minha

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Profundo azul

Autor: Frederico De Castro on Friday, 24 May 2019

Nas profundezas do tempo navegam tantas

Luminescências azuladas, deixando afogar estes

Silêncios numa ressaca de ondas dissimuladas

Esguicham as noites suas escuridões magnificas

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Fim de Tarde

Autor: Paulo Penedo on Friday, 24 May 2019

Fim de Tarde

Sinto-me pesado … carregado de nada, do vazio das ausências

Sinto-me distante, do corpo que me prende

Sinto-me ausente, do tempo e do espaço

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Lá vai a rosa de negro...

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 23 May 2019

Lá vai a rosa de negro vestida, tão desacreditada

Farta e excessivamente licitada qual estéril

Lamento alinhavado num eco sempre decapitado

Lá vai a rosa de negro, de negro pintada

De negro a noite mais negra açoitada

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Por onde entra a luz

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 22 May 2019

Restos de escuridão poluem a noite

Emparedada numa sintaxe de lamentos

Cada vez mais degradados, mais intimidados

Numa ressaca as palavras bem fecundadas

Embebedam-se tantos lirismos tontos, secundados

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Aqui jaz...

Autor: Frederico De Castro on Monday, 20 May 2019

Aqui jaz

a noite moribunda

ecoa abatida junto àquele pedregoso

silêncio onde de imediato mergulho

minh’alma transbordando ondas

lúcidas de mim

convertidas em marés, vagas

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Momento de liberdade

Autor: Frederico De Castro on Friday, 17 May 2019

Resta em cada luar uma luminescência

Altiva que crepita especulativa…tão primitiva

Alimenta a fonética de tantas palavras à deriva

Abandonadas no parapeito deste silêncio cativo

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Silêncio periclitante

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 16 May 2019

Mora neste espaço a escuridão boiando num

Mar de maresias tão quietas que depois se

Desfragmentam qual silêncio subtil e expectante

Velo a solidão presa num arame farpado onde

Se escondem túrgidos lamentos exultantes

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